sábado, 24 de dezembro de 2011

Minhas Previsões para o automobilismo em 2012




Bom, gente. Mais um ano começa e agora vem como todo o ano aqueles espertinhos que dizem que lêem o futuro da gente. Bom, como gosto de corridas, aqui vou puxar as minhas cartas e fazer essa brincadeira com as previsões nas pistas. O que vai rolar para 2012??? Então, bora lá:

FÓRMULA 1

Logo de cara, já puxei a carta que vai confirmar a continuação da Dinastia Vettel. O piloto alemão, o mais jovem a faturar o bi, as cartas boas já foram puxadas ao mesmo tempo, o que indica o tri dele. Mas, não vai ser fácil: a Ferrari vai vir mais forte, principalmente com Fernando Alonso, que vai chegar muito perto, mas não será desta vez que Vettel terá sua hegemonia interrompida. Arrisco a dizer que a liderança vai oscilar entre esses dois, ambos revezando-se na maioria das vitórias. Mas Vettel leva de novo.

Para a Red Bull, é hora de acionar o sinal amarelo de atenção. O carro vai ser bom, mas não tanto quanto foi o modelo de 2011. A explicação é simples: Ferrari e McLaren vão correr atrás e a Red Bull vai ficar um pouco acomodada. Acredito que a partir da sétima corrida até a décima quinta, a equipe austríaca vai sentir a pressão e cometer erros bobos. Mas no finasl, mais atenta, ela leva tanto de pilotos quanto de construtores.

Este ano de 2012 vai ser o último de Sebastian Vettel na Red Bull. O piloto alemão vai receber uma mega ultra proposta milionária para mudar de time. Esta equipe estaria propensa a se tornar de ponta nos próximos dois ou três anos e a contratação de Vettel deve valer o investimento.

Para Michael Schumacher e Mark Webber, 2012 será o último ano deles na categoria. O hepta campeão, cansado e desiludido com a falta de resultados, vai embarcar numa nova aventura. Talvez vire empresário de pilotos ou vai competir em uma categoria local ou européia de Turismo. Mark Webber, o destino dele é semelhante, podendo aderir ao turismo alemão ou australiano.



Para a McLaren, não vejo perspectivas de melhora na situação dela em 2012. Lewis Hamilton, perdido e ameaçado por pessoas erradas no seu caminho, vai deixar a equipe e abrirá caminho para que Jenson Button se torne o número 1 da equipe inglesa a partir de 2013. Para o lugar de Hamilton, vejo talvez um piloto que tenha passado 2012 sabático ou com desempenho pífio. Um europeu seria esse piloto.

Ainda vejo que uma equipe do meio do pelotão vai começar a incomodar as grandes e inclusive vai liderar corridas, mas vai ter muitas quebras devido à falta de confiabilidade de equipamento. Mas é uma equipe a ser observada.

Kimi Raikonnen está voltando depois de dois anos afastado da Fórmula 1. Perigo para ele: puxei uma carta aqui e tá indicando um risco de acidente grave numa etapa da Europa ou da Ásia Oriental. Não arrisco a dizer que ele pode vir a ser substituído. Seu companheiro de equipe será fritado dentro da equipe por atuações pífias e pode deixar a Fórmula 1 "com o rabo entre as pernas". Vejo uma briga interna dentro da Lotus Renault.

Outra coisa que vi: pode ser no final de 2012 o fim de uma equipe do pelotão médio pra trás, e que pode acabar dimunuindo o grid para 2013. Ainda tentarão de várias formas salvar essa equipe da bancarrota, mas a crise técnica e financeira falará mais alto.

Sobre a temporada: apenas 4 ou 5 pilotos no máximo vencerão corridas neste ano que vai chegar. Se muito, um sexto piloto, talvez uma zebra, numa corrida bem disputada debaixo de chuva. Um piloto desconhecido terá um momento de glória dentro da Fórmula 1 por alguns instantes.

Ah, e uma bomba pintando: a saúde de um dirigente da categoria está em sério risco. Pode pintar morte de um dirigente ainda em 2012. É esperar e ver.

FÓRMULA INDY

Infelizmente não será desta vez que teremos um equilíbrio maior de forças dentro da categoria. A equipe Ganassi vai contunuar mandando ver na categoria. Arrisco a dizer que das 15 ou 17 corridas se tiver, a equipe do Chip Ganassi levará 10. Inclusive as 500 milhas de Indianápolis. Arrisco a dizer que pode pintar algo novo dentro da mais famosa corrida, alguém que ninguém esperava, vai liderar e fazer o seu marketing pessoal.



Para a equipe Penske, vejo ela cair numa descendente pior do que foi 2011. As vitórias ficarão mais escassas por conta da falta de competitividade do seu conjunto Dallara Chevrolet, que não serão ainda páreos para o Honda que equipa a Chip Ganassi. Mas vejo melhorias a partir de 2013.

A temporada de 2012 promete ser uma das mais monótonas dos últimos anos com muitas corridas em circuito de rua e procissões uma atrás da outra, que afugentará os fãs do monoposto americano. Não há muitas perspectivas de melhoras pra categoria devido ao excesso da "Champcarização" da Fórmula Indy neste ano que se inicia.

Sobre a guerra de motores, a Honda deverá prevalecer, com a Chevrolet ficando com algumas vitórias isoladas. Já a Lotus Judd, é por enquanto, mais marketing do que desempenho dentro da pista, o que deve fazer passar por uma reestruturação depois das 500 milhas de Indianápolis.

BRASILEIROS NAS PISTAS

Rubens Barrichello anunciará finalmente a sua aposentadoria da Fórmula 1. Sem um lugar decente na categoria, ele deixará as pistas e passará a exercer outras funções como comentarista de TV ou empresário de pilotos mais jovens, passando para eles a sua experiência na categoria. Será presença frequente nas corridas de amigos e eventos promocionais.

Felipe Massa terá um ano decisivo dentro da Ferrari. Não acredito em ele voltar a vencer dentro da equipe de Maranello. Uma ótima proposta para mudar de equipe pode acontecer para ele a partir do meio da temporada. Ele deverá decidir entre a razão e o coração sobre seu futuro.

Bruno Senna, vejo ele num cockpit como piloto titular de uma equipe ainda este ano, a oportunidade pode aparecer de uma hora para outra. Mas ele precisa tomar cuidado com pessoas mal intencionadas quanto à sua carreira. Pode correr um risco de acidente grave na Fórmula 1.

Tony Kanaan ainda terá muito trabalho como um líder natural dentro da KV. Mas suas atribuições podem ser melhoradas fora da pista do que dentro dela. Não vejo vitórias por parte dele em 2012, mas vejo nele um espírito de liderança que pode influenciar os comandantes da sua equipe na tomada de decisões. Pode virar sócio da equipe no futuro.

Hélio Castroneves, muito trabalho dentro da Penske. As cobranças virão maiores devido à boa fase de seus companheiros de equipe, mas vejo também que ele pode acabar se saindo vencedor dentro da Penske. A parceria com a equipe continuará firme e forte.

Vítor Meira terá muito trabalho na nova equipe que assinar. Não sei ainda se virá full season ou apenas as 500 milhas. Mas ele poderá ir para outra categoria, arriscar-se no Turismo norte-americano ou europeu.

Para Nelsinho Piquet, a mudança para a Nationwide Series da Nascar pode render-lhe bons frutos nas próximas três temporadas. Em 2012, ele vai guiar do meio do pelotão pra trás, pra aprender, mas pode pintar uma vitória para ele numa pista em circuito misto.

MULHERES NAS PISTAS

Interessante. Vejo uma mulher chegando e que pode pintar a qualquer momento dentro da Fórmula 1, numa equipe ainda em desenvolvimento, mas de meio de pelotão. Essa mulher é européia e virá com o aval de Bernie Ecclestone para ações de marketing e terá um desempenho discreto no primeiro ano dela, mas depois se firmará. É tudo questão de tempo.

Danica Patrick, agora que foi para a Nascar, já estando mais adaptada, poderá disputar vitórias dentro da categoria competindo integralmente. Ainda vejo uma gravidez para ela no futuro, talvez este ano de 2012 ainda. Mas a Danica virá forte sim na Nascar.

Katherine Legge, segundo as cartas, sofrerá muita pressão na Indy. Essa pressão se dará por justamente ter corrido na extinta Champ Car e rivalizado com a Danica nos últimos anos. Essa temporada de 2012 será de readaptação. Corre sério risco de não classificação para as 500 milhas.

Já para Simona de Silvestro, trabalho, muito trabalho. O conjunto Dallara-Lotus não vai ser confiável e muitas quebras ocorrerão. Corre um sério risco de um novo acidente em Indianápolis ou em Fontana. Mas as cartas ainda insistem que vai pintar um grande amor para ela. Um rapaz sulamericano está no caminho dela. E ambos terão muitas alegrias pela frente.

Ana Beatriz Figueiredo terá que tomar uma decisão. Talvez, influenciada pelos empresários, ela deixe a Fórmula Indy e volte para o Brasil, o que seria uma pena. Parece que pesou muito a cobrança dentro da Indy por bons resultados dentro de uma equipe fraca. Mas a Bia também pode pintar uma paixão para ela fora das pistas, um rapaz alto, moreno, deve pintar no caminho dela dentro das pistas.

CORRIDAS BRASILEIRAS

O GP Brasil de Fórmula 1 corre sério risco de deixar a categoria nos próximos dois ou três anos. A anunciada concorrência com a Argentina pode determinar uma rivalidade mais que presente dentro das pistas. Os argentinos estão se reestruturando e a soberba e prepotência brasileira pode fazer com que o Brasil deixe de sediar Grandes Prêmios a partir de 2014.

Em compensação, a São Paulo Indy 300 da Fórmula Indy vai se consolidando na categoria. Mas as cartas alertam. Um risco enorme de um grave acidente pode ocorrer na prova. Um acidente impactante onde questionarão os méritos de se sediar a prova. No mais, a corrida segue firme.

Já as outras corridas em Interlagos no WEC (World Endurance Championship) e as 24 horas de Interlagos, farão mais sucesso nos bastidores do que necessariamente dentro das pistas. O público não vai ter presença maçiça, aumentando a desculpa esfarrapada de que "Brasileiro não gosta de automobilismo".
 
CATEGORIAS NACIONAIS

Só vejo a Fórmula Truck continuando o seu sucesso, mas precisa tomar cuidado com algumas decisões precipitadas na categoria. Do resto, tudo tranquilo nela.

A Stock Car Brasil vai começar um processo de declínio dentro da categoria, com pilotos pulando fora para correrem outras categorias, devido ao monopólio global que vai ser imposto. Decisões equivocadas que vão comprometer o andamento da categoria.

O Brasileiro de Marcas deve continuar seguindo seus passos lentos mas graduais. E no futuro, pode vir a se tornar a categoria mais badalada, superando a Stock Car. Mas tem que tomar cuidado para não cair os direitos de televisão em emissoras que só querem saber de "encostar" a categoria.

Nos monopostos, não vejo perspectivas de melhora no futuro imediato ou mais distante. Infelizmente, uma categoria vai chegar à bancarrota, fechando de vez um capítulo na história do automobilismo brasileiro.

No mais, por enquanto, é isto.

Agora é com vocês.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A relação estreita entre automobilismo e futebol

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Bom, gente. Final de ano acontecendo, as temporadas das principais categorias de automobilismo já foram encerradas, mas neste último Grande Prêmio do Brasil, veio um assunto que me inspirou a fazer esta coluna: o futebol. Sim, o principal esporte mundial, que aqui no Brasil está vivendo sua reta decisiva, com a última rodada cheia de clássicos e que pode definir um campeão entre estes dois times: de um lado, o Corinthians, líder por 26 rodadas e que joga a última partida pelo empate. Do outro, o Vasco da Gama, que precisa derrotar seu arqui rival Flamengo e torcer para o Palmeiras, rival do seu concorrente, ganhar o Dérbi decisivo.

A relação entre futebol e automobilismo sempre correu lado a lado desde que passamos a gostar das corridas. Os pilotos brasileiros sempre que podiam, passavam sempre a mostrar seu lado torcedor e secador de outros times, e dependendo da escolha deles, era motivo ou não de idolatria e gozações.


A geração mais recente talvez não tenha visto Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna, corintianos convictos, que por terem vencido corridas e títulos, passou desaparcebido suas opções. Hoje vemos os corintianos Rubens Barrichello, Bia Figueiredo e Ricardo Zonta, os são-paulinos Hélio Castroneves e Tony Kanaan, além de Felipe Massa e Nelsinho Piquet, os palmeirenses Christian Fittipaldi, Pedro Paulo Diniz e Luciano Burti, o fluminense Cacá Bueno, entre outros só citando alguns ativos. Muitos vibraram quando os seus pilotos preferidos davam pitacos sobre escalações de times e resultados. Um exemplo foi o Felipe Massa, que quando declarou que "foi bacana ver o Corinthians cair para a Série B", a massa toda caiu em estado de graça.

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Mas o que aconteceu no último Grande Prêmio do Brasil é que virou a manchete que rende papo nas redes sociais por semanas até mesmo depois que o campeonato acabar. O tri-campeão Nelson Piquet, homenageado por causa do primeiro título conquistado em 1981 com a Brabham, resolveu tirar sua casca e "provocou" os corintianos presentes em Interlagos, dando volta na pista com a bandeira do Vasco para acirrar a rivalidade e acender esse pavio de pólvora.

Só sabemos depois, vendo as redes sociais, que ele simplesmente, ignorando-se as homenagens, tornou-se "o Cara", ou seja, ele deu um tapa de luva no orgulho dos corintianos. Afinal, o Corinthians, como o time mais odiado do Brasil, qualquer um que ouse provocá-lo, é tratado como rei pelos anti-corintianos. E aí vieram as comparações entre os dois times aspirantes ao título. Rubens Barrichello, representando o Corinthians, e desafeto pessoal de Nelson Piquet, pra variar, virou alvo de gozações e piadas na rede da Internet e da imprensa especializada. Fotos comparando o Vasco (de Piquet) e o Corinthians (de Barrichello) já para muitos padarisenses, já dava a certeza de título para o Vasco da Gama, por razões simples: Nelson Piquet foi tri da Fórmula 1 e Barrichello, dois vices, então, segundo estes, o Corinthians é perdedor porque Barrichello é quem traz azar ao Corinthians. E o que dizer da visita que o Rubens fez ao CT do Timão para lançar o Rally de São Paulo no Parque São Jorge, e abraçou o Tite, desejando boa sorte??? Pronto!!!! Pintou o Campeão segundo muitos, e ele é do outro lado.

Mas deixando essas picuinhas de lado, os times foram para as pistas em diversas categorias. Até tivemos a Fórmula Superleague, disputada entre os clubes de futebol, reuniam equipes representando os clubes do mundo. Corinthians e Flamengo tiveram equipes nesta categoria. Assim como também vários clubes estiveram presentes em outras categorias. A Stock Car Brasil já teve carros pintados do Corinthians e do Palmeiras, a Fórmula Truck, além do Corinthians e Flamengo, a dupla Gre-Nal (Grêmio e Internacional), e dizem, que o Santos pode pintar nas pistas no ano de seu centenário. Muita gente não se lembra, mas a ex-piloto Suzane Carvalho, já foi "patrocinada" no começo de suas carreira pelo Botafogo.

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E os hermanos também não ficam atrás. Boca Juniors e River Plate tem equipes nas categorias argentinas e o Peñarol do Uruguai, em 1999, prestou homenagem a Gonzálo Rodrigues (primeiro uruguaio a correr numa categoria top - a extinta CART) e que morreu em Laguna Seca naquele ano.

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Seja como for, esses dois esportes têm a tendência de estarem andando lado a lado, sempre. E que possamos ainda mais pra frente, ver novas disputas, seja nos gramados e nas pistas, acirrando as rivalidades entre seus torcedores mais ilustres e desconhecidos. Porque sem essa chama, não teria graça essa relação entre automobilismo e futebol.

Valeu!!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Estou cansado desta Fórmula 1



Bom, gente. Terminado praticamente o campeonato de 2011, com o título assegurado de Sebastian Vettel, confesso que não tive tesão de acompanhar a corrida do Japão que decidiu essa parada. Os motivos são muitos mas de um modo geral eu peguei um desgosto pela Fórmula 1 de uns tempos para cá (não se trata de morte de um certo brasileiro como muita gente prega e justifica o fato de não assistirem as corridas), mas principalmente da era Schumacher pra cá, o meu ânimo em assistir foi se esvaindo por n motivos.
Pra mim, a Fórmula 1 do jeito que tá, foi praticamente uma gota d´água. Ver o resultado final e saber que apenas 1 carro abandonou a corrida me faz lembrar de uns tempos em que eu ficava ali todas as corridas, vendo o que poderia acontecer de inusitado e imprevisível em cada carreira. Pois é... de uns tempos pra cá, a Fórmula 1 ficou mais artificial, basta o piloto entrar no cockpit, correr e terminar a corrida. Não tem mais graça. A máquina se transformou em peça essencial mais do que o piloto. Não se encontra mais aquele piloto que gostava de ajudar a acertar o carro, de trocar acertos, de estratégias criativas. As equipes lançavam os carros livremente e a criatividade de cada projetista imperava. Hoje as equipes e a categoria é que já definem as estratégias para os pilotos e eles têm que simplesmente obedecer. Não há mais aquela empolgação de ver um piloto partir para uma estratégia de seguir a corrida sem parar nos boxes contra aquela equipe que parte pra uma parada, por exemplo, pneus frios contra pneus gastos.
As equipes também mudaram suas concepções de ver a Fórmula 1. E lembrar que antigamente a gente xingava as equipes rejects que brigavam com as poucas armas que tinham para ver se conseguiam um mísero pontinho (um ponto era um sexto lugar na época) e faziam festa quando atingiam esse objetivo porque um ponto já faziam elas fugirem do fantasma da pré-classificação que assolava as pequenas na época, hoje as novatas que entram não tem competência para ficar entre as 15 primeiras numa classificação final mesmo com a mudança de critério de pontuação e todo mundo acha que elas são importantes para o esporte. Veja o exemplo da Hispania e a Marussia Virgin. Arrastando-se lá atrás, principalmente a Hispania, tem que fazer de tudo para ela correr, coisa que não fizeram, por exemplo com a Super Aguri, que foi fechada simplesmente porque tava dando côro na Honda... pois é... a Honda dava vexame lá atrás e a culpa era da filial.
E todo ano, a expectativa é sempre a mesma: lançam os carros no começo do ano, vejo as pinturas novas nos carros, até nos capacetes (até isto o piloto perdeu sua identidade) pra no final, sempre o mesmo: é Ferrari contra McLaren e de vez em quando uma Red Bull intrometendo-se. E quando o campeonato não tem briga de Ferrari contra McLaren, vem neguinho chiar falando que o campeonato é fraco e nivelado por baixo. Aliás, virou-se uma tona terminar o campeonato, piloto ficar com o título e vem um chato de galocha reclamar: campeonato foi fraco, resultado final foi armado, teorias de conspiração rondando por aí e vem questionar a legitimidade do campeonato que teve esse final. Muito neguinho ficou acostumado a ver Senna e Schumacher vencerem, que pra eles, qualquer outro campeão só o foi porque teve carro, foguete que “até macaco se dá bem guiando nele”.
E o que dizer dos pilotos??? Antes, eles eram de vários tipos. Mas hoje, ao invés de se valorizar os pilotos pelas vitórias e títulos, valorizam-se pela: arrogância, pela cachaça, por mandar TNC certas pessoas, para passar a perna em cima de outro e se achar o máximo, por F**** um monte de mulher, até por dar muita gente diz e gente acha lindo. E os pilotos??? Antes eles eram mais unidos, amigos, respeitavam um ao outro. Hoje é norma contratar pilotos que se odeiam, que não gostam de ser amigos um do outro. Várias duplas são assim nos dias de hoje. Ninguém gosta de ninguém. Já já será obrigatório contratar pilotos que se odeiam tanto a ponto de cometerem assassinato de terceiro grau.
Pois é... essa fórmula 1 mais artificial e mecânica está caminhando para mais buraco ainda. Antes, eu tinha prazer, até brigava em casa por causa da minha paixão pelas corridas, mas hoje não acho motivos para continuar gostando da categoria do jeito que está. Não estou pedindo para voltar aos tempos de antigamente, de botar todo mundo com carros que hoje parecem monstros de highlander os carros e recursos que eram nas décadas passadas. Mas muita gente vai ler essas linhas e me achar um velho esclerosado por repetir tudo isto. Mas tudo bem. Como disse no título desta coluna. Estou cansado desta Fórmula 1.
É... devo estar ficando velho mesmo...


sábado, 13 de agosto de 2011

De Danica Patrick do Brasil a Milka Duno tupiniquim: o que acontece com Bia Figueiredo???

Bom, gente. Já estamos no meio da temporada da Fórmula Indy e uma coisa me chama a atenção nesse momento: a nossa Ana Beatriz Figueiredo, primeira brasileira a competir numa categoria top do automobilismo mundial. Face aos resultados dela até então, eu pergunto: o que realmente está acontecendo com a nossa Bia???



É verdade que seus resultados até agora não tem sido convincentes e que deixam a desejar. As atuações discretas dela na Indy já começam a fazer questionar a real capacidade técnica dela. Críticas e mais críticas não faltam para falar dela sobre as atuações e o que ela está sentindo. Mas isso é culpa exclusivamente dela???

Se pegarmos o retrospecto dela nas categorias anteriores, veremos que ela tem um cartel respeitado mesmo no automobilismo. Primeira mulher a liderar um campeonato na Fórmula Renault, ela venceu provas principalmente na última temporada dela em 2005 e chamou a atenção de Frank Williams e Flávio Briatore, chefões da Fórmula 1, que queriam conhece-la. Fora isso, ela foi seguindo seu caminho. Primeiro de tudo, a Fórmula 1 era a sua meta. Chegar a correr na McLaren, equipe de coração dela. Logo, suas boas atuações chamavam atenção da mídia e ela chegou ser chamada de “A nova Ayrton Senna”. Depois, alguns percalços, um ano sabático, até que cansada da Fórmula 1, ela resolveu chutar o balde e ir se arriscar nos Estados Unidos, mais precisamente na Indy Lights, categoria de acesso à nova Indy unificada. Isso em 2008.

Logo na primeira temporada pela equipe Sam Schimidt, ela anda muito bem, consegue alguns pódios e a sua primeira vitória na categoria, em Nashville, tornando-se a primeira mulher a vencer na Lights. O desempenho dela é satisfatório e muitos aqui no Brasil começam a apelida-la de “Danica Patrick do Brasil”, comparando ela com a estrela da Fórmula Indy. A meta era uma só segundo a mídia: a Danica ir para a Fórmula 1 e a Bia assumir o lugar dela na Andretti Green (hoje só Andretti). Bia terminou em terceiro lugar no campeonato, perdendo apenas para Raphael Matos e Richard Antinucci naquele ano.

Veio 2009 e com ele a expectativa da nossa Bia se sagrar campeã. O favoritismo pesou contra ela, tanto que uma panca forte em Indianápolis a afastou de algumas corridas, somado à uma parcela de patrocínio não paga. Mas quando voltou, foi para vencer em Iowa. Mesmo com essa temporada irregular, ela conseguiu o oitavo lugar em 2009. Muito pouco para quem era considerado favorito.

Mas como esses percalços passam, a Ana Beatriz consegue em 2010 uma chance na pequena Dreyer & Reinbold, no terceiro carro da equipe, mas apenas para 2 provas: São Paulo e Indianápolis. Ela na estréia conseguiu terminar face às limitações de seu carro, um décimo terceiro lugar, a melhor das mulheres na corrida. E em Indianápolis, ela conseguiu o título de melhor rookie no grid de largada.

Terminadas essas corridas, ela foi correr atrás de verba para uma temporada toda. Chegou a fazer duas corridas substituindo a Mike Conway, mas muito pouco discreto. Bia terminaria assim a temporada de 2010 e lutaria para conseguir correr a temporada de 2011. E de fato, ela conseguiu: a Ipiranga renovou apoio, e melhor, desta vez para a temporada toda. Mas os resultados não vieram como o planejado. Alguns acidentes, outras atuações apagadas durante treinos e corridas já fizeram os mais fervorosos contestarem e questionarem os resultados obtidos nas corridas que ela disputou nas categorias de base e os anti-Bia já chamaram-a de “Milka Duno Tupiniquim”, numa alusão à piloto venezuelanda que tanta dor de cabeça deu a muita gente quando correu na Indy.



Agora, analisando um pouco mais a Bia, noto que algumas atitudes dela fazem contribuir para que seu insucesso inicial se reflita à críticas, principalmente por parte dos Anti-Bia (sim, ela ganhou uma legião de odiadores, por incrível que pareça). Nas entrevistas, ela sempre citava o empresário André Ribeiro e quando faziam uma pergunta que precisasse de uma resposta imediata, ela respondia “Vou ver o que o André acha”. Muitos entendem como uma fuga de responsabilidade ou passividade excessiva frente às situações. Outras perguntas foram motivos até de piada, como não saber responder a potência de um motor de Indy, ou mesmo falar simplesmente que a Fórmula 1 é suja por isso ela deixou pra lá o sonho da Fórmula 1. Isso soou essa última declaração como uma desculpa de quem não chegou lá. Até coisas que não tinham nada a haver como aparecer falando que pintou unha ou simplesmente vestir a camisa do Corinthians (meu time de coração e também do Emerson, Senna, Rubens, Boesel, da Bia e tantos outros pilotos) soou como um pecado mortal que ela cometeu (decerto eram são paulinos que não enguliram essa porque no São Paulo tudo é planejadinho e nos outros não), causam até ciúme por parte de alguns.

Eu penso da seguinte forma esses resultados desanimadores: a Bia tá correndo numa equipe pequena que é a Dreyer & Reinbold. Como diria Oswaldo Brandão, saudoso técnico da quebra do jejum de 1977: “Não dá pra fazer omelete sem ovos”. Numa equipe pequena como é a Dreyer & Reinbold, não dá pra fazer muito: Ah, mas o Pagenaud no carro dela foi oitavo sem correr na Indy e ela só fica de décimo nono pra trás, diriam os anti-bia. Engraçado: tiveram uma paciência de jó com determinados pilotos e ninguém tem paciência com ela??? E a Simona então que sofre tanto quanto a Bia nos ovais e ninguém reclama??? Ela e a Simona tem condições sim de andar numa equipe de ponta e bem. Nas categorias de base elas foram bem. Não é possível que desaprenderam ao entrar na Indy.

Pobre Bia... eu penso que ela já está com destino marcado de correr na Stock Car em breve e está sendo comparada com um certo piloto brasileiro que correu 19 temporadas na Fórmula 1 e que se os resultados não melhorarem, ela vai acabar pagando o pato. Mas eu acredito sim na Bia, mas não na equipe que ela está. Eu acredito sim que aquela Bia Figueiredo que conheci nas categorias de base até disputar a Indy Lights ainda está viva. Mas pra isso as circunstâncias tem que ajudar. Senão vai acabar tendo o mesmo destino de tantos outros pilotos que correram na F1 e Indy e que acabaram ficando pelo caminho. Força, Bia. E que você tenha muito ainda o que mostrar na Fórmula Indy.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O que faz um torcedor odiar um piloto


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Bom, gente. Depois de um bom tempinho afastado das minhas colunas, venho desta vez expor ou tentar buscar o que faz uma razão ou razões de ódio a determinados pilotos. Seria antipatia pura??? Santo não bateu??? O fato dele ser estrangeiro? Exposto demais à mídia??? Ou seria simplesmente (os mais malucos vão me crucificar), os signos???? (bom, tem doido que acredita).

A verdade é que percebo que muitos pilotos de várias categorias pegaram ódio mortal ou um grau de antipatia elevado e isso acaba muitas vezes refletindo nas corridas. A gente simplesmente não vai com a cara de determinado piloto ou porque ele aprontou alguma que um fã mais exaltado não esquece, como por exemplo, as encrencas que o Fernando Alonso se envolveu. Pivô de dois escândalos, segundo seus odiadores, ferrou Felipe Massa e impediu que ele conquistasse mais um título para o Brasil. Talvez movido por essas razões também a gente acaba muitas vezes sempre desejando que o piloto que a gente odeie se ferre de um jeito ou de outro. Vendo muitos fóruns de debate, a gente percebe um nível de ódio para quem principalmente está vencendo as corridas. Não é interessante por exemplo odiar um Adrian Sutil com Force Índia porque este ainda não está vencendo corridas. Tem que ser da turma que tá ganhando.

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Eu fico imaginando o quanto de gente que passou a odiar Michael Schumacher simplesmente porque ele ganhava tudo e seu companheiro de equipe ficava com as migalhas. Mesmo Schumacher teve seus adversários que também eram odiados, muitas vezes por Schumistas roxos que ficavam com inveja porque esses adversários eram taxados como potenciais anti-Schumacher. Não ganharam títulos, mas só a simples oposição que fazia para Schumacher já dava como taxados a ódio. Exemplo: Juan Pablo Montoya. Colombiano que chegou fazendo furor, muitos o discriminavam e faziam piadas ofensiosas por causa da nacionalidade dele.

Hoje na Fórmula 1 temos Vettel, Webber, Alonso, Hamilton, Button e muitos outros. Mas hoje temos uma facilidade de acompanhar as notícias de bastidores graças à Internet, uma ferramenta que aliou a informação e que nos deixa por dentro da notícia. Basta um piloto fazer uma declaração infeliz, já o malhamos e crucificamos como se ele fosse o maior FDP da história da face da terra. Afinal, a gente é fã, e como fã, a gente que odeia determinado piloto, tem que bater numa tecla pra mostrar pros outros o grau de filhadaputice desse piloto que a gente tanto odeia. Quantas vezes não xingamos Mark Webber, que se autodeclarou “o destruidor de companheiros de equipe”, não xingamos as reclamações de Rubens Barrichello, os pítis de Ralf Schumacher, as declarações arrogantes de Danica Patrick e a mídia sempre insistindo que ela se encaixaria perfeitamente nesse circo. E encaixaria mesmo. A Danica tem todos os predicados possíveis para ser uma estrela da Fórmula 1. Mas ela não quer. E se ela tivesse lá??? Seria a queridinha (já não tão queridinha assim da Indy) na Fórmula 1???

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Mesmo entre os brazucas, ainda temos sentimentos de ódio a determinados pilotos. Nelson Piquet e Ayrton Senna, de grande rivalidade, tem seus descendentes xingados e odiados porque não honraram os sobrenomes famosos. Assim como Rubens Barrichello e Felipe Massa, que não conseguiram dar títulos para o Brasil, viraram armas de expelição de ódio, muitos deles pediram até a morte deles porque seria diferente se tivesse acontecido e os torcedores não se envergonhariam de nossos representantes. Na Indy, Tony Kanaan, que até ano passado tinha rejeição quase zero, passou a ter uma legião de odiadores por causa que brigou com Danica Patrick dentro da equipe e foi expulso de lá. Até mesmo Cacá Bueno virou alvo de ódio mortal de torcedores extremistas. Pecado: ser filho do Galvão Bueno.

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E pensar que esse universo de ódio é só exclusivo de homens??? Ledo engano. As mulheres também tem sua legião de odiadas. E não é por mulheres. Um exemplo: Danica Patrick. Ela desperta amor e ódio por causa de suas atitudes extra-pista e muitos contestam sua verdadeira habilidade nas pistas. Só que a chegada dela abriu as portas para muita gente, mas várias pilotos sofrem com as comparações com a Danica Patrick e querem que elas superem a Danica. Por exemplo: Katherine Legge, discriminada porque se debandou para a Champ Car, queriam fazê-la a Danica de lá. Legge não deu conta do recado e aí vieram os críticos. Agora a Simona de Silvestro e a Ana Beatriz sofrem com esse ódio. A Simona chegou discretamente numa equipe pequena mas ainda não tem consistência. A Bia, coitada, de Danica Patrick do Brasil passaram a chamá-la de Milka Duno tupiniquim. E a Pippa Mann, só porque atrapalhou o Tony Kanaan em Indianápolis, já crucificaram-a a torto e direito jogando nela a culpa do Tony não ter vencido.

Agora, o novo odiado é o Daniel Ricciardo. Guri novo, a Red Bull lhe deu de presente de aniversário uma vaguinha na Hispania, para ele ganhar experiência. Mas já ganhou críticos por simplesmente forçar a barra para sua estréia e que pode ser no futuro, um campeão em potencial e provável taxado de odiado. Ah, os tempos que a gente odiava apenas o Prost, somente porque ele era rival do Senna...

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Hoje, tanto na Fórmula 1 quanto na Fórmula Indy, principalmente essas duas, temos nossos favoritos a ódio mortal. Não vale desejar uma boa corrida. Você tem que torcer para que seu desafeto principal se ferre na corrida, de um jeito ou de outro. E que as próximas corridas a gente confirme realmente o que essa tese minha ensina.

sábado, 9 de abril de 2011

Uma declaração de amor à Simona de Silvestro


Bom, gente. Temporadas das categorias que a gente gosta de debater a todo o vapor, sempre temos dado palpites destes ou daqueles pilotos, etc e tal. Confesso que nem eu esperava vir preencher essas linhas para falar de uma piloto de corridas. Mas o que essa piloto de corridas tem tanto de especial que precisou um tópico pra falar dela??? Pois bem, como tentar explicar isso???

Simona de Silvestro... a primeira vez que ouvi falar nesse nome foi num site de corridas que falava da Champ Car, a finada Champ Car. Ela estava começando numa equipe, a Walker Austrália da também finada Fórmula Atlantic. Primeira temporada dela, isso foi em 2007. Na época, falava-se mais em Danica Patrick, Katherine Legge, Milka Duno e Sarah Fisher, que eram as mulheres que estavam mais estabelecidas da Indy. E as equipes de base estavam buscando a explorar meio que timidamente esse filão novo nas pistas.

Mas e a Simona??? Bem... a primeira temporada passou-se um tanto desapercebida, pensei: nada de mais... a Katherine Legge em uma temporada fez mais do que ela... mas continuei acompanhando a Simona na Atlantic... segunda temporada, ela muda de equipe e vai para a Newman Waches, do Paul Newmann... na época a incorporação da Champ Car pela IRL tava mais falada e a Atlantic, que sempre teve o apoio da Champ Car, passou a ser esquecida... Mesmo assim comecei a notar um pouco mais essa suíça loirinha, baixinha, meio que metidinha na minha opinião, mas ela começou timidamente a vencer corridas. Apenas uma na temporada toda. Tudo bem, venceu uma, mas nada que chamasse a atenção...

Minha prioridade maior era ver a Indy, sempre lamentando ver Danica Patrick, muito badaladíssima numa equipe de ponta e nada de vencer corridas... apenas àquela corrida do Japão e nada mais... pois é... eu ficava pensando: pena que não tem uma Anti-Danica à altura para concorrer contra ela... Katherine Legge, coitada... botaram muita pressão em cima da inglesa por ter entrado na Champ Car pra concorrer contra a Danicamania da IRL e nada de resultados convincentes... apenas sextos lugares... muito pouco. Faço vasculhas na NET e vejo um blog falando da Atlantic e da Simona de Silvestro... sim... ela ainda insistia na Atlantic... desta vez mais experiente, brigando pelas vitórias e pelo título... nem precisava dizer que ganhou minha torcida pelo título... chega a liderar o campeonato, mas na última prova, erra bestamente e joga o título fora... desta vez pensei: É praga de Daniquistas... porque confesso que essa mania de superestimar a Danica Patrick e fazê-la colocar a Danica acima de Deus em tudo que ela fazia e que o público achava lindo irritava e muito a mim porque não via na Danica os resultados que sempre vangloriavam ela... 4º lugar, 6º lugar, 13º lugar... qualquer resultado da Danica era coisa tratado como se ela fosse uma piloto excepcional acima de todos... até aquela 500 milhas que ela queria bater no Ryan Briscoe disseram e fizeram parecer que a vencedora seria a Danica se não fosse o “Brian Riscoe” e coisas assim...

Lamentei a perda do título da Simona mas em compensação na semana seguinte vi umas duas notícias determinantes na Indy: Danica iria para a Nascar, como muitos pilotos da Indy que se destacaram fizeram. Mas a que mais me chamou a atenção foi um teste que a HVM resolveu fazer com a Simona de Silvestro no final de 2009. Ela parece que andou bem pelo visto, mas ninguém falou muito deste teste e também pensei: foi só um teste... a Indy já tem Danica, Sarah Fisher e Milka Duno, além disto a nossa Ana Beatriz tava querendo também um lugar na Indy... será que sobraria uma boquinha para a Simona???

Mas não foi mesmo que ela conseguiu??? A HVM resolveu dar uma chance a ela e a promoveu para ser piloto da equipe em 2010. Pensei: uma equipe pequena, ruim, não vai conseguir fazer muito nela... e aí eu penso no que uma vez a Danica Patrick disse que “não guia para equipes ruins porque quer sempre vencer”... pois bem... Simona aceitou o desafio e na São Paulo Indy 300, a sua estréia, foi lá ela e se tornou a melhor mulher do grid da corrida e chega a até liderar em alguns momentos. Mas aí o carro abre o bico e ela abandona. Uma pena...

Aí vejo alguns blogs e entrevistas, vejo uma Simona super simpática e atenciosa com os fãs, tentando fazer o melhor de si para agradar, enquanto que a Danica... sempre marrenta e antipática com os fãs... pensei comigo??? Não seria esta a Anti-Danica que estávamos procurando??? Deixei ver rolar o desempenho dela nas provas seguintes. Anda bem nos treinos e sempre se surpreende, mas na corrida, falta algo para ela terminar bem uma corrida: quebra, roda no final, bate, etc e tal... numa corrida ela assume o erro e pede desculpas: pensei: “Puxa... como é que eu não vejo isso com alguns pilotos???”... foi cada vez mais ganhando e admirando a minha simpatia por essa loirinha gordinha e espivetadinha...

Mas faltava um teste: como ela vai reagir num oval??? E ela vai estrear justamente nas 500 milhas de Indianápolis... na época, havia até um bolão dizendo quem iria ficar fora da Indy 500 e o dono do blog desse bolão falou: “A Simona não tem experiência em oval e pode muito bem sim ficar fora da corrida...”... pensei: só pode ser pura inveja de um daniquista convertido porque a Simona começa a se destacar aos poucos... mas a Simona foi lá: se classificou muito bem no grid, na frente da Danica Patrick, que parecia que resolveu ficar de pitizinho porque andou lá atrás na classificação. Só para notar, a Simona conseguiu colocar sim o seu carro no grid, coisa que pilotos mais queridos do público e experientes como Paul Tracy, fizeram papelão no Bump Day. E a corrida??? Bem... discreta na Indy 500, mas eu pensava: equipe pequena, não dá pra se andar muito. Mas ela no final ganhou o rookie of the year da Indy 500, que segundo “especialistas” daqui, foi marmelada, e inventaram teorias de conspiração pra justificar o título dela... mas que raiva... pra Danica quando ficava escancarado a ajuda pra ela vencer a Indy 500 não haviam essas teorias... mas pensei comigo: ela vai mostrar pra que veio mais e mais...

A temporada continua: poucos resultados convincentes, alguns apuros como a corrida que o carro dela pegou fogo e o desespero pra tirarem ela do carro em chamas. Ela vai andando melhor nos mistos e de rua, mas em ovais, o desempenho deixava muito a desejar. Chegaram a comparar a pobre suíça com a Giovana Amati ou a Milka Duno... um desaforo, eu pensei. E vi que a Simona já estava mesmo de vez incomodando muito especialista. Pensei: isso é bom... mostra que ela é boa mesmo... eu pensava: ah, se ela tivesse um carro da KV, da Andretti, da Newmann Haas, ou não custava sonhar, uma Ganassi ou Penske... ela iria andar muito melhor lá na frente...

Fim de temporada, ela consegue a renovação de contrato, mas muitos falavam que ela podia ser substituída a qualquer momento... pensei: mentalidade pequena cartiana. Não me importei muito. Tava louco e ansioso pela nova temporada dela... e começa 2011, de cores novas, mas o desempenho no grid ainda discreto, mas largando na frente da Danica, pensei: ta ótimo... minha expectativa era sempre de ver quem largaria na frente da outra nos grids...

E nesta corrida de St. Petersburg, ela, sorrateiramente, vai ganhando as posições e pula para segundo... pensei comigo: só não quero que a falta de consistência nos resultados se repita. Mas ela vai guiando como gente grande... pressionando Tony Kanaan nas voltas finais, não sabia pra quem torcia. Eu tava querendo ver a Simona ficar no pódio mas ao mesmo tempo queria que o Tony também pintasse no pódio pra calar a boca de quem tinha o demitido pela porta dos fundos na Andretti. E a corrida termina... Simona não consegue o pódio, mas pra mim, ela foi uma vencedora... numa equipe pequena, somente ela de piloto, andando como gente grande enquanto que umas tem companheiros de equipe e apenas sugam os caras. Simona, pequenina de tamanho, mas de grande talento e maturidade...

E é assim, gente, que falo como eu vejo a Simona de Silvestro nas pistas. Uma guerreira, batalhadora e de bom caráter, mostrando que a Indy não precisa necessariamente ter pilotos marrentos e encrenqueiros para ir bem... os pilotos de caráter também tem vez dentro da Indy... e espero que a Simona continue a crescer e conquiste com o seu esforço um equipamento à altura para conseguir brigar por posições melhores. Ela já ganhou um fã e com certeza ainda vou ver ela dar muitas alegrias ainda pela frente...

Simona de Silvestro, como eu gosto muito dessa piloto. Ela guia demais, não é mesmo??? São Paulo Indy 300 e as 500 milhas de Indianápolis que a aguardem...

Valeu!!!!!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fórmula 1 em 2035 - Como seria esse exercício de imaginação????

Bom, gente. Começo de ano é sempre a mesma coisa. Expectativa de novas disputas e novas vitórias na Fórmula 1. Eu fico aqui pensando, pôxa, já se passaram várias temporadas e muitas delas terminaram de forma inusitada, surpreendente.

Durante um tempo, eu cheguei a imaginar a Fórmula 1 numa visão futurística. Quais seriam os carros??? Quais seriam os pilotos??? Como é que a categoria rumou face a alguns acontecimentos que ocorreram na Fórmula 1 mais recente???

Essa mania de imaginar “Doideiras do futuro” começou em 2004, onde o autor, já descrente da perspectiva de disputas e vendo com o passar dos anos sempre o domínio de um homem só que parecia nunca terminar, criou a Fórmula 1 em 2024, onde o mesmo piloto dominante, agora vinte anos mais velho, continuava o seu reinado de domínio e conquistas.

Durante esse tempo imaginei o que ocorreu na Fórmula 1 de 2004 a 2024: racha de equipes, circuitos tradicionais sendo cancelados, novos países entrando, grande recessão e escassez de pilotos e equipes em grids cada vez mais e mais minguados. Era para ser apenas um post introdução, mas aí a imaginação cresceu e cresceu e comecei a narrar toda a temporada de 2024, com novos e antigos personagens.

A repercussão foi tanta que outras pessoas também arriscaram a escrever histórias sobre automobilismo no futuro. Muitos davam sugestões de voltas de equipes, mudanças em regulamentos e muito o mais. Filhos e descendentes de pilotos das gerações atuais, como é que se comportavam. As corridas na visão de um maluco escritas numa visão exagerada e sonhadora.

Da Fórmula 1 2024, seguiu-se outras histórias do futuro, como na Indy em 2025 e as 500 milhas de Indianápolis, a Stock Cars Brasil, as 24 horas de Lê Mans, a Indy 500, os campeonatos de turismo e as 1000 milhas brasileiras. Tudo retratado com humor e descontração, onde vários personagens criados entraram e se misturaram com pilotos já existentes no desenrolar das histórias.

Os bastidores também não podiam ficar atrás: por trás das corridas, sempre tinha o que rolava nas Silly Seasons da vida: lançamento de carros, notícias de bastidores, as histórias foram acontecendo com assuntos cada vez mais variados e inusitados, criando muita dose de bom humor e descontração.

A última história criada reuniu em 2031, onde o automobilismo tinha saído de um escândalo de manipulação de resultados, e agora, com base nas histórias anteriores criadas por mim e por outros, resolvi fazer um release da temporada 2035 da Fórmula 1. Esta será uma temporada descrita mais a fundo, onde será publicada pouco a pouco pelo autor, com doses homeopáticas. Isso tudo para despertar a curiosidade ao longo deste período sobre o que aconteceu de importante, as guerras de bastidores, as corridas, a visão de cada personagem sobre suas corridas e mais um pouco.

Mas a história promete muito: vou começar com o início da Silly Season, onde aos poucos, as equipes vão aparecendo e seus pilotos. Muitas destas escritas terá ligação com as histórias anteriores criadas por mim. Vou ver também com algumas pessoas se há a possibilidade de colocar figuras na trama para poder interagir cada vez mais.

Quem quiser me contactar sobre as histórias que eu criei e saber mais um pouco, estou disponível no meu e-mail: lucy.vander@bol.com.br

Desde já, um abraço e feliz ano que se inicia.

Valeu!!!!