sexta-feira, 26 de maio de 2017

Superbowl LXX - Um exercício de imaginação sobre um futuro do jogo...

Bom, gente... o Superbowl é considerado o maior espetáculo do Futebol Americano de todos os tempos... todo ano, as 32 franquias da NFL disputam durante pouco mais de seis meses a supremacia do esporte e erguer o troféu de campeão é a glória para todo jogador. E eu estava aqui pensando, analisando o passado da NFL e resolvi fazer uma pequena viagem para o futuro: como seria se imaginássemos um Superbowl daqui a umas duas décadas???? Será que muita coisa mudaria???? Pois eu imaginei a disputa do jogo na edição LXX (setenta).




Superbowl LXX (temporada de 2035, mas o jogo é em Fevereiro de 2036). Os cenários são os seguintes: O jogo vai ser disputado em Wembley, Inglaterra (pela primeira vez, o Superbowl não é sediado nos Estados Unidos) e por causa disto, a partida aqui no Brasil é transmitida à tarde, e não à noite como era de costume. E os concorrentes????

O Superbowl LXX vai ser uma disputa entre dois times que surpreenderam a muita gente que não os cotavam como favoritos ao jogo. Do lado da Conferência Nacional, teremos o time do Washington Redskins, que terminou a temporada regular na posição de Wild Card (número 5) e despachou respectivamente nesta ordem os times do Chicago Bears, do New York Giants e decidiu a Conferência Nacional contra o time do Carolina Panthers, derrotando-os por 23 x 17... os Redskins jogaram todas as partidas fora de casa.

Já pelo lado da Conferência Americana, teremos, pela primeira vez chegando ao Superbowl, o time do Cleveland Browns... o time fez uma campanha de 11 vitórias e 5 derrotas na temporada regular surpreendendo a muita gente e se classificou com a posição número 2, tornando-se campeão da Divisão Central, sem precisar de disputar Wild Cards. Os Browns despacharam nos play-offs o Buffalo Bills e na decisão de conferência, derrotou o Brooklyn Jets (antigo New York Jets) pelo placar de 33 x 14 na casa do time de Brooklyn.



Washington Redskins e Cleveland Browns chegaram por caminhos diferentes ao Superbowl LXX

Campanhas apresentadas, os times tem como destaques, não algum jogador renomado, mas sim as comissões técnicas... o Washington Redskins, mais uma vez demonstrando pioneirismo na NFL, é o primeiro time treinado por uma mulher (Lily Granston,  ex-jogadora do Legends Football League), que começou um trabalho nesta temporada e conseguiu surpreender a todos dentro da NFL. Já o time do Cleveland Browns é treinado por Tom Brady (ex-quarterbeck multi-campeão pelo New England Patriots), que sabe como é ser campeão como jogador, mas almeja também ser campeão como treinador, com o objetivo de quebrar recordes na história do Superbowl... pela campanha que fez e pelo trabalho apresentado, os Browns são cotados como favoritos à conquista...

Tom Brady quer ser o primeiro campeão como Quarterbeck e Técnico na NFL

E fora das quatro linhas, teremos o já costumeiro show do Intervalo, onde teremos como atrações a cantora Ariana Grande junto com Paris Jackson (a filha de Michael) e a veterana cantora Rihanna Hamilton... confirmaram presenças no Superbowl grandes celebridades como o técnico do Barcelona Ronaldo de Assis (convidado especial de Tom Brady e de Gisele Bundchen), o bi-campeão  de Fórmula 1: o inglês Maurice Jensen, o jogador do Manchester City, o brasileiro David Lucca (filho de Neymar Jr), o veterano ator Zac Efrom e a YouTuber italiana Julia Gavassi, famosa por seus vídeos de moda na Internet...

Bom... falta pouco para o kickoff inicial em Wembley... o que você acha que vai dar neste jogo... aguardemos o dia para saber...

sábado, 13 de maio de 2017

Se eu tivesse o poder de salvar a Lótus na Fórmula 1...

Ayrton Senna em ação ainda na época da Lótus JPS

Bom, gente... tava aqui pensando durante uma caminhada... sobre equipes antigas e a Lotus me chamou um tanto a atenção... famosa na Fórmula 1 antiga pelas grandes conquistas e por ter sido a equipe onde os três pilotos brasileiros campeões correram (Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna em períodos diferentes). A equipe revolucionou o mundo da Fórmula 1 nos anos 1960 e 1970, passou por momentos difíceis nos anos 1980 e por fim nos anos 1990 veio à bancarrota de forma lamentável... ainda teve aquele curto período de Lotus Racing em 2010 e 2011 (depois Caterham) e como Lotus Renault de 2012 a 2015. Mas o que me chamou a atenção foi o período pós-Ayrton Senna (1988 pra frente), onde a partir da saída do tri-campeão (na época um jovem talento promissor que tinha ganho meia dúzia de corridas) é que as coisas dentro da Lotus acabaram ficando cada vez mais piores...

Com a saída de Ayrton Senna, o patrocinador da equipe (na época a marca de cigarros Camel) pediu uma contratação de impacto para substituir o brasileiro... a Lotus acabou, para permanecer em destaque na mídia, chamando Nelson Piquet, que em 1988, entrou com o status de tri-campeão e levou o número 1 junto...



A equipe já com o patrocínio da Camel no final dos anos 1980...

Só que foi justamente a contratação de Nelson Piquet, que pra mim, tornou-se o calcanhar de aquiles dentro da Lotus... a equipe convenceu-o a defender a equipe oferecendo-lhe um contrato financeiro muito vantajoso por duas temporadas, onde o próprio confessou em uma entrevista, que chegou à Lotus recebendo "o dobro do que recebia na Williams e muito mais do que a McLaren lhe oferecia"...

Pois bem... aí começou o declínio... a Lotus Honda de 1988 fez uma péssima temporada, culminando no final com a saída dos japoneses da equipe, passando a se dedicar exclusivamente à McLaren... em 1989, a equipe teve que apelar para os fracos motores Judd, que faziam seus carros largarem no meio do pelotão pra trás (no GP da Bélgica daquele ano, os dois carros da equipe ficaram fora do grid de largada, sendo a primeira vez que a mesma ficava fora do grid por incapacidade técnica) e Nelson Piquet acabou saindo da equipe no final daquele ano.

Veio 1990 e a Lotus assinou um contrato de risco com a Lamborghini para fornecer motores... os mesmos revelaram-se ser mais fracos ainda e em muitos momentos, perdiam até para a equipe Larrousse (que também usava motores Lamborghini e fizeram um pódio no GP do Japão daquele ano com Aguri Suzuki). A paciência da Camel foi pro espaço depois de gastar rios de dinheiro e não ter resultados, onde a marca passou a apoiar Williams e Benetton, largando a Lotus à mingua, sem um patrocinador forte e em estado de pré-falência...

Logo depois, vieram poucos resultados com uma dupla promissora como Mika Hakkinen e Johnny Herbert... mas os lampejos acabavam e a equipe chegou a um melancólico fim em 1994, leiloando os espaços de seus carros com marcas diversas de pequenos patrocínios e pilotos de talento questionáveis como Phillipe Adams (lembram dele???), Pedro Lamy e um Alessandro Zanardi que ainda não tinha despertado na extinta CART... foi o fim da linha para a Lotus...

Vendo esse cenário, comecei a pensar uma coisa: e se eu fosse o Peter Warr (o ex-manda-chuva da Lotus nos anos 1980), o que faria nesta situação depois de ver o Ayrton Senna sair da equipe???? Claro que tudo na Fórmula 1 são negócios, mas eu tomaria umas atitudes um pouco diferentes na condução da equipe a partir do final de 1987... o que eu poderia imaginar???


Derek Warwick, aqui em ação com a Lótus... ele pegou a equipe já nos piores momentos...

Primeiro: vê quem estaria disponível que não fosse muito caro para a equipe... imaginei aqui o nome de Derek Warwick, um piloto inglês que não era assim um gênio, mas que guiou para a Renault antes e também aproveitava o fato de que não tinha mais a presença do brasileiro para seduzí-lo a correr para a equipe (para quem não lembra, existiu um episódio polêmico na Lotus onde Ayrton Senna vetou a contratação de Warwick na equipe em 1986)... no final de 1987, o piloto inglês estava defendendo a Arrows... eu convenceria a Camel a pagar a multa rescisória de Warwick na Arrows (acredito que não era assim tão cara a multa) e pagava um salário muito menor do que o Piquet receberia caso fosse contratado, mas daria algumas garantias de um bom status técnico para Warwick ter liberdade na escolha dentro da Lotus... sairia muito mais barato para os cofres da Lotus e sobraria algum dinheiro para investir melhor na equipe...

Segundo: a Honda deixou a equipe no final de 1988, certo???? Pois bem... com mais dinheiro em caixa, eu compraria unidades da Cosworth ao invés da Judd... os Cosworth eram um pouquinho mais caros que os Judd, mas eram mais competitivos... fariam a equipe disputar e largar no meio do pelotão pra frente, se intrometendo no meio de Benetton e Williams por exemplo (na época essas equipes eram terceira e quarta força)... e com isso, talvez o vexame de Spa Francorchamps 1989 seria evitado... a equipe acumularia muito mais pontos naquela temporada e terminaria entre as cinco, seis primeiras nos Construtores...

Terceiro: dispensaria o Satoru Nakajima ainda em 1989 (já que não faria o menor sentido o protegido da Honda numa equipe sem motor Honda) e chamaria Martin Brundle, outro inglês e antigo rival de Ayrton Senna na Fórmula 3 britânica... assim a Lotus teria dois pilotos ingleses bons, baratos e que queriam mostrar serviço dentro da equipe...

Por fim, com esse cenário e motores Ford Cosworth, não haveria a necessidade de ter arriscado o pescoço com um motor Lamborghini... quem sabe a Ford também passaria a olhar melhor a Lotus... e com esse quadro um pouco melhor, quem garante também??? Talvez a Camel pensaria umas duas vezes em deixar a Lotus e mesmo que ela resolvesse escolher mais tarde uma Williams ou uma Benetton, não abandonaria a Lotus... talvez passasse a patrocinar numa proporção menor, mas abriria as portas para uma nova marca a patrocinar...


Johnny Herbert em ação em 1992...

E ainda: lembra da dupla de 1991 e 1992, Mika Hakkinen e Johnny Herbert???? Infelizmente não poderia contar com o piloto finlandês (Mika Hakkinen era piloto do Programa da Marlboro, rival da Camel e isso impediria um acordo enquanto a Camel estivesse na Lotus), mas poderia contar com o piloto inglês (Johnny Herbert sempre defendeu as cores da Camel nas categorias menores). Ele apareceria mais num equipamento melhor e a Lotus teria esse trunfo de poder negociá-lo para um time melhor mediante pagamento de uma multa rescisória boa... e por fim, com resultados medianos mas melhores do que foram de fato, os críticos veriam a equipe com mais carinho e entender que a equipe estaria passando por uma reestruturação em busca de novos caminhos... e acho que os resultados seriam melhores, talvez evitando essa bancarrota...

São hipóteses que fico abrindo e raciocinando na minha cabeça se tivesse acontecido esse cenário... quem é que sabe... e vocês???? O que achariam dessa viagem????

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Indianápolis não precisa de astros... ou precisa??????



Bom, gente... agora mais uma vez eu escrevo minhas linhas para falar de automobilismo... o que chamou a atenção foi o fato de Fernando Alonso anunciar a sua participação nas 500 milhas de Indianápolis... e aí veio uma máxima... certa vez Buddy Lazier disse que "Indianápolis não precisava de astros..." e então eu resolvi fazer um comparativo sobre alguns pilotos destaques de Fórmula 1 de tempos anteriores, como é que eles se saíram quando correram esta prova... bom, vou citando alguns mais recentes...




O piloto suíço Clay Regazzoni após se classificar para a Indy 500 de 1978

CLAY REGAZZONI - Uma espécie de "bom vivant" da Fórmula 1 dos anos 1970, o piloto suíço, vice-campeão da Fórmula 1 de 1974, arriscou a participar da prova em 1978, mas acabou se acidentando... felizmente ele saiu andando depois da batida, mas nunca mais acabou voltando ao famoso oval, um pouco também pelo fato de ter ficado paraplégico depois de sofrer um grave acidente no GP de Long Beach de 1980...

Emerson Fittipaldi na sua estréia em 1984 com a pequena equipe W.I.T.
 
EMERSON FITTIPALDI - Talvez o exemplo mais bem sucedido de ex-campeão da Fórmula 1 no circuito de Indianápolis... Emerson estreou em 1984, tornando-se o primeiro brasileiro a disputar a mais famosa prova... ele abandonou logo no comecinho, mas depois foi ganhando destaque na Fórmula Indy e venceu a prova por duas vezes em 1989 e 1993... hoje Emmo é sempre lembrado pelos organizadores para receber homenagens...




Roberto Guerrero (carro branco), atrás de Rick Mears, o vencedor de 1984

ROBERTO GUERRERO - Com passagens discretas na Fórmula 1 por equipes pequenas, o piloto colombiano resolveu tentar a Fórmula Indy depois de não ter assinado com a Brabham em 1984... na sua edição de estréia, terminou em segundo lugar, a duas voltas atrás de Rick Mears... Guerrero gostou tanto da prova que resolveu se mudar de vez para os Estados Unidos, fazer carreira na Indy e constituir família... ele, nas outras edições, teve alguns altos e baixos durante o tempo, mas se tornou um dos pilotos mais respeitados da categoria nos anos 1980 e 1990...

Raul Boesel em ação em 1989, o ano de seu melhor resultado na prova

RAUL BOESEL - Depois de duas temporadas na Fórmula 1 com passagens pela March e pela Ligier, Boesel tentou a Fórmula Indy em 1985, seguindo o exemplo de Emerson Fittipaldi na categoria. Estreou na Indy 500 daquele mesmo ano, e depois de experiências em outras categorias, com destaque para o Mundial de Marcas (a avó do atual WEC) de 1987, voltou à Indy, conseguindo logo depois em 1989 o seu melhor resultado com um terceiro lugar. Mas foi na edição de 1993 que ele realmente teve condições de brigar pela vitória, e só acabou não conseguindo por culpa de duas penalizações durante a prova que acabaram com suas chances. Até hoje essas punições são questionadas pelo próprio piloto e pelos críticos. Raul Boesel ainda participou de outras edições logo depois... hoje ele ganha a vida como um DJ de grande sucesso...


O maior momento de Eddie Cheever foi a vitória em 1998

 EDDIE CHEEVER - O piloto norte-americano passou por muitas equipes na Fórmula 1 sem muito destaque, mas foi na Indy que ele resolveu retomar sua carreira... Cheever estreou em 1990 junto com a recém-criada equipe Chip Ganassi no famoso oval e foi considerado o melhor rookie da prova... depois foi disputando várias edições, primeiro no período Pré-cisão e depois na IRL, onde até montou equipe própria e nela, venceu a prova em 1998...

Eu já falei de Nelson Piquet na Indy 500 num post embaixo lá atrás...

NELSON PIQUET - Sem uma perspectiva de um carro competitivo na Fórmula 1, Piquet aceitou o convite da equipe Menard para disputar a Indy 500 de 1992, onde prometia ser o maior destaque da prova... mas um acidente nos treinos livres fraturou suas duas pernas e ele passou o restante do ano em recuperação, voltando no ano seguinte para disputar a prova e abandonar nas primeiras voltas... nunca mais voltou ao famoso oval...

O "leão" Nigel Mansell depois da classificação de 1993...

NIGEL MANSELL - O piloto inglês chegou credenciado com o título da Fórmula 1 de 1992 e estreou no ano seguinte pela equipe Newmann Haas, com status de grande estrela da categoria... Mansell acabou cruzando a linha de chegada em terceiro lugar naquele ano... depois disputou ainda a edição de 1994, até deixar a categoria...


O sueco Stephan Johansson, veterano da Fórmula 1

 STEPHAN JOHANSSON - Caso parecido com o de Eddie Cheever, o piloto sueco, com passagens por equipes como Ferrari, McLaren e Ligier, conseguiu uma vaga na Fórmula Indy pela equipe Bettenhousen e na edição de 1993, foi o melhor rookie classificado no grid... mas o seu maior feito foi ter tirado do grid o bi-campeão Emerson Fittipaldi em 1995 nos instantes finais da classificação...


Eliseo Salazar em ação durante os treinos

ELISEO SALAZAR - Sim... o chileno que ficou famoso por ter levado umas porradas de Nelson Piquet após ter tirado o piloto brasileiro da pista em Hockheinheim 1982, resolveu se aventurar na Fórmula Indy também... ele estreou em 1995 e terminou num honroso quarto lugar... depois disto, com a cisão CART x IRL, Eliseo preferiu a nova liga e se tornou piloto de ponta, competindo até 2002...


Christian Fittipaldi e o "carro brasileiro" rasgam as curvas e retas nos treinos de 1995

CHRISTIAN FITTIPALDI - Depois de temporadas medianas na Fórmula 1 com Minardi e Arrows, o sobrinho de Emerson resolveu arriscar a sorte na Fórmula Indy... ele estreou em 1995 com um carro pintado com a bandeira do Brasil... na edição daquele ano, ele passou por alguns problemas na classificação, mas na corrida, mostrou combatividade e conseguiu abiscoitar um segundo lugar muito bem comemorado... mas depois disto, ele nunca mais correu a famosa prova, muito em culpa pelo fato da cisão CART x IRL e ele ter optado por seguir do lado da CART, que deixou de correr as 500 milhas a partir de então...


Michele Alboreto, em sua única participação na prova

MICHELE ALBORETO - Ex-piloto da Ferrari e da Tyrrell, vice-campeão da Fórmula 1 em 1985, Alboreto resolveu tentar a sorte na Fórmula Indy... ele pegou o momento da cisão CART x IRL e assinou com a equipe Scandia Dick Simon, que resolveu optar pela IRL... Alboreto correu meio que a contra gosto, porque viu a IRL começando e não gostando do que viu... o piloto italiano acabou confessando mais tarde que só correu a Indy 500 porque a equipe já estava com um lugar garantido na prova (a regra dos 25 dos 33 em vigor em 1996 e 1997)... a sua única participação foi em 1996, onde ele largou numa posição intermediária e logo abandonou... nunca mais ele correu a prova, pois abandonou a IRL logo depois, sem uma perspectiva de correr na extinta CART, onde estavam os melhores pilotos e equipes...


Johnny Herbert, fracassando em 2002

JOHNNY HERBERT - Depois de ter deixado a Fórmula 1 onde correu por muito tempo, o piloto inglês tentou uma vaga na Indy 500 de 2002, mas não conseguiu se classificar para a corrida daquele ano. Herbert era outro que tentou um lugar na CART, mas acabou indo para a IRL e a sua não classificação acabou encerrando de vez suas tentativas de correr na Fórmula Indy...


O japonês Takuma Sato no ano de sua estréia no famoso oval

TAKUMA SATO - O "japonês voador", depois de muitos anos como protegido da Honda na Fórmula 1, aceitou um convite da equipe Lotus KV na Indy unificada em 2010... Sato estreou no famoso oval naquele ano com um acidente, mas seu melhor momento foi em 2012, onde chegou a brigar pela vitória até a última volta, mas acabou batendo e abandonando, perdendo uma oportunidade de escrever seu nome na galeria dos vencedores da prova...


Uma rara aparição de Scott Speed em ação no circuito oval em 2011

SCOTT SPEED - Com passagens pela Toro Rosso em 2006 e 2007, o piloto norte-americano tentou se classificar para as 500 milhas de 2011, mas antes do Pole Day acabou brigando e discutindo feio com os integrantes da equipe Dragon, acusando-os de dar um carro melhor para o seu companheiro de equipe... Speed acabou sendo demitido e virou "persona non grata" dentro da Fórmula indy...


O brasileiro Rubens Barrichello em ação durante a Indy 500 de 2012

RUBENS BARRICHELLO - Depois de dezenove temporadas na Fórmula 1 e dois vice-campeonatos, influenciado por Tony Kanaan, o piloto brasileiro aceitou correr a Fórmula Indy em 2012... Kanaan foi convencendo-o aos poucos a disputar a Indy 500 e ele resolveu aceitar... na prova, Barrichello largou em décimo primeiro e terminou a corrida na mesma posição... foi a sua única participação na prova...


Jean Alesi se arrastando nos treinos da Indy 500 de 2012

 JEAN ALESI - Outro ex-veterano da Fórmula 1, Alesi aceitou disputar a prova guiando um carro com motor Lotus... mas com o fiasco da marca na prova em 2012, o piloto ítalo-francês acabou sem muito o que fazer, se divertindo bastante nos bastidores... ele largou em último e logo no comecinho tomou bandeira preta, sendo eliminado pela pouca velocidade dos motores Lotus... outro também que nunca mais voltou ao circuito oval...


Kurt Busch, ao ser anunciado para a Indy 500 de 2014 pela equipe Andretti

KURT BUSCH - Esse não é da Fórmula 1, mas sim uma das estrelas da Nascar, mas que não sabia o que era guiar monoposto... Buschão aceitou o convite da equipe Andretti e disputou as 500 milhas de Indianápolis de 2014, terminando em sexto lugar, muito graças à sua experiência nos ovais da Nascar, o que o ajudou bastante... cumprida a experiência, Kurt Busch resolveu continuar nos carrões da Nascar, onde é a sua praia...


O atual campeão da Indy 500, Alexander Rossi

 ALEXANDER ROSSI - Esse jovem piloto tentou carreira na Europa e chegou a disputar algumas poucas corridas na Fórmula 1 pela pequena equipe Manor... resolveu tentar a Fórmula Indy pela equipe de Bryan Herta no ano passado e na sua primeira edição, acabou vencendo a Indy 500 centenária, numa das edições mais surpreendentes da história da corrida... este ano, o jovem Rossi vai tentar o bi-campeonato da prova...


Pois é... estes foram alguns e seus desempenhos... como podem ver, alguns foram bem, outros nem tanto... agora vamos ver como que vai ser a participação de Fernando Alonso nesta prova...

Doze técnicos que tiveram destaques meteóricos no futebol brasileiro

Bom, gente... o futebol brasileiro produz muitos heróis, sejam jogadores e técnicos... porém, num período em que valorizamos os Tites, Cucas e Muricys da vida, existiram durante um bom tempo, alguns que tiveram uma rápida ascensão no futebol brasileiro, mas que depois tiveram também um declínio até mais rápido do que foi a sua ascensão e acabaram caindo no ostracismo, pelo menos na memória do torcedor brasileiro. Por isso mesmo, vou citar alguns destes técnicos que terminaram desta forma:

CABRALZINHO - Surgiu no Santos de 1995 que tinha o meia Giovanni, apelidado de "Santástico". Com ele, o time chegou a decisão do campeonato brasileiro, perdendo após três lances polêmicos na partida final contra o Botafogo... Cabralzinho foi eleito o melhor técnico daquele campeonato, mas depois que saiu do time, acabou caindo no ostracismo no futebol brasileiro, mas continuando sua carreira em clubes do exterior.




Cabralzinho liderou o Santos em 1995

PAULO GONÇALVES - O maior feito dele como treinador foi ter levado o time do Goiás a uma semifinal de campeonato brasileiro em 1996, parando no Grêmio de Felipão e cia... sua carreira se resumiu praticamente a treinar clubes do estado de Goiás... tentou reeditar essa parceria em 1997 sem sucesso, depois sumiu de vez.

EDUARDO AMORIM - Somente os mais fanáticos corinthianos se lembram dele... ex-jogador da época da Democracia Corinthiana, ele era auxiliar técnico do time por quase dez anos... ganhou a primeira oportunidade como treinador e com ele, o Corinthians conquistou a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista de 1995... depois, veio o declínio e ele foi demitido após a eliminação na Libertadores de 1996... ainda tentou treinar clubes do nordeste, porém, sem muito sucesso...


Eduardo Amorim e o título da Copa do Brasil de 1995

MAURO FERNANDES - Na época, foi lançado como um dos técnicos mais jovens do campeonato brasileiro de 1998... ele copiava o estilo de Vanderlei Luxemburgo e tinha uma coleção com mais de trezentos ternos para serem usados durante os jogos... o maior feito dele foi levar o Sport Recife para as quartas-de-final de 1998... depois disto, treinou Coritiba e Botafogo RJ sem sucesso e acabou caindo no esquecimento...



Walmir Louruz é bastante conhecido no Rio Grande do Sul com bons trabalhos em clubes do interior
 
WALMIR LOURUZ - Treinador gaúcho que tinha Felipão como um dos seus ídolos, ganhou destaque por fazer boas campanhas com clubes do interior gaúcho... com ele, por exemplo, o Brasil de Pelotas foi semifinalista do Brasileirão de 1985... mas o maior feito dele foi ganhar com o Juventude de Caixias a Copa do Brasil de 1999 em pleno Maracanã derrotando o Botafogo RJ... este título o creditou a treinar o Internacional, mas ele afundou com o time brigando para não cair para a Série B no Brasileirão daquele mesmo ano... depois, acabou voltando para o interior gaúcho...


Andrade, ídolo do Flamengo como jogador e técnico.
 
ANDRADE - Penta-campeão brasileiro nos anos 1980 como jogador, Andrade foi lançado como treinador do Flamengo de 2009 e conseguiu uma reação implacável, fazendo o time ganhar o título brasileiro após um jejum de dezessete anos... mas depois Andrade acabou demitido por culpa dos maus resultados na fase de Grupos da Libertadores de 2010 e ele nunca mais pegou um time grande para treinar... hoje se contenta em treinar clubes pequenos do nordeste...

NEREUZINHO - Teve destaque ao dar para o Cruzeiro a sua primeira Copa do Brasil em 1993 numa final contra o Grêmio... porém, acabou logo depois sendo demitido porque o time ficou de fora das finais do campeonato mineiro daquele ano...

OTACÍLIO GONÇALVES - Credenciado com o título do Brasileirão Série B de 1992 com o Paraná Clube, Otacílio acabou sendo contratado pela Parmalat para treinar o Palmeiras no início da co-gestão Palmeiras - Parmalat dos anos 1990... estava liderando o campeonato paulista de 1993 quando pediu demissão porque os jogadores estariam o boicotando... Otacílio saiu do time e a fama de ter quebrado o jejum de títulos foi para Vanderlei Luxemburgo... depois disto, Otacílio acabou treinando outros clubes como Atlético MG mas não conseguiu repetir o sucesso de antes...

Roberto Rojas durante um jogo do São Paulo FC
 
ROBERTO ROJAS - O goleiro chileno, famoso por ter simulado a sua contusão após o incidente do foguete sinalizador no jogo Brasil x Chile de 1989, arriscou a carreira como treinador do São Paulo após a sua anistia da FIFA... com ele, o São Paulo conseguiu no campeonato brasileiro de 2003, voltar a se classificar para uma Copa Libertadores desde o fim da era Telê Santana... mas Rojas não continuou no clube e ele acabou deixando o Brasil no final daquele ano para voltar para o Chile...

WASHINGTON OLIVEIRA, o APOLINHO - Comentarista e jornalista esportivo, Apolinho foi convidado para treinar o Flamengo em 1995... com ele, o time quase caiu para a Série B, mas ele conseguiu levar um limitado e badalado Flamengo até a final da extinta Supercopa dos Campeões da Libertadores daquele ano... o time estava invicto com ele, mas não aguentou a pressão do Independiente ARG na final, perdendo o título no Maracanã... depois disto, Apolinho tratou de encerrar sua curta carreira de treinador...

PÉRICLES CHAMUSCA - Ganhou notoriedade ao levar o desconhecido Brasiliense DF para a final da Copa do Brasil de 2002, perdendo para o Corinthians na decisão... porém, ele foi um pouco mais persistente e conseguiu dois anos depois, com o Santo André, o título desta mesma Copa do Brasil derrotando o Flamengo em pleno Maracanã... depois disto, foi treinar outros clubes com algum destaque...




O maior feito de Péricles Chamusca foi o título da Copa do Brasil com o Santo André

FITO NEVES - Com passagens em alguns clubes do interior de São Paulo, como o Guarani, por exemplo, foi no Vitória BA que ele conseguiu surpreender no Campeonato Brasileiro de 1993, eliminando Corinthians e Flamengo, mas parando na decisão daquele campeonato ao perder para o Palmeiras... Fito Neves lançou jogadores jovens como Dida, Júnior e Vampeta (com passagens de destaque em grandes clubes e campeões mundiais com a seleção brasileira de 2002)... com isso foi contratado a peso de ouro pela Portuguesa, mas não conseguiu repetir o mesmo sucesso de antes...

Bom, esses são alguns exemplos... caso vierem na minha cabeça outros nomes, publicarei-os com certeza... valeu!!!!

domingo, 29 de janeiro de 2017

E se Nelson Piquet não tivesse se acidentado na Indy 500

Obs: Todas as fotos foram extraídas do site www.indy500.com


Bom, gente... mais uma vez eu aqui falando de histórias de automobilismo e hoje contarei para vocês sobre as 500 milhas de Indianápolis. Mas não uma edição qualquer... desta vez vou falar de um dos capítulos da edição de 1992, que pra mim, em termos de cobertura jornalística e de corrida, talvez tenha sido uma das melhores edições desta prova, marcada sobretudo por muitos acidentes e por um final de corrida épico... e curiosamente, estamos completando o Jubileu de Prata (25 anos) desta edição...


Nelson Piquet foi o grande nome em termos de marketing para a Indy 500 de 1992

Um dos capítulos a parte das 500 milhas de Indianápolis de 1992 foi a surpreendente aparição de Nelson Piquet para esta corrida. O piloto brasileiro estava na época, sem uma perspectiva de futuro na Fórmula 1, e a boataria comia solta sobre possibilidades dele correr em algumas equipes depois que foi dispensado pela Benetton... tudo era fumaça naquele tempo que as informações eram baseadas em revistas Quatro Rodas e alguns jornais de circulação do país. Foi aí que então, em Março ou Abril, foi anunciado com pompas o nome de Nelson Piquet para participar desta prova, através de um convite da equipe Menard da Fórmula Indy.

O mundo das pistas recebeu essa notícia na época como uma bomba. Afinal, um tri-campeão da Fórmula 1, resolver se aventurar nesta prova, não era uma coisa muito comum na Indy 500, mesmo a categoria tendo abrigado outros ex-campeões como Emerson Fittipaldi e Mario Andretti, por exemplo. Na verdade, a contratação de Nelson Piquet para correr as 500 milhas foi meio que um acaso, pois um dos pilotos da Menard, o norte-americano Kevin Cogan, foi vetado pelos médicos devido a problemas numa cirurgia feita devido a um acidente que ele sofreu na edição do ano anterior, e então precisava-se de um substituto. Foi aí que, vendo que Piquet estava parado na Fórmula 1, ventilaram o nome dele na equipe e no final, o piloto brasileiro acabou aceitando correr esta prova. Nelson Piquet na Indy 500 virou o grande chamativo para a corrida e uma forma da equipe Menard de fazer o seu marketing para o mundo todo.


Nelson Piquet em ação nos treinos da edição de 1992...
 
Convite aceito, o piloto tratou logo de se familiarizar com um Fórmula Indy e fazendo seus testes de adaptação para a corrida. A participação na Indy 500 também foi uma forma que ele achou de continuar sendo lembrado enquanto não pintava algo de concreto na Fórmula 1. Na Indy, ele foi logo apresentado à equipe Menard. Era um Lola Buick de número 27 que foi disponibilizado para ele aproveitar bem esses momentos. E Piquet estava indo muito bem nos testes, cravando sempre tempos entre os dez primeiros em cada sessão de treino livre, até que veio numa quinta-feira, dois dias antes do Pole Day, o dia em que ele perdeu o controle de seu carro na curva 4 e acabou acertando o muro de frente, fraturando suas duas pernas e deixando a edição daquele ano. Com isso também acabaram-se todas as esperanças de um dia querer voltar a disputar a Fórmula 1 mais pra frente.

O que se viu depois daquele acidente foi ele operando as pernas para não ter complicações maiores e logo depois a fisioterapia, onde ele passou quase que o ano inteiro se tratando e reaprendendo a andar, e voltar a Indy 500 no ano seguinte, para depois conseguir largar e abandonar a prova no primeiro quarto de prova. Infelizmente Nelson Piquet não deu sorte na Indy 500 e depois de 1993, ele resolveu de uma vez por todas que monopostos para ele era passado.

Hoje eu comento essa passagem de Piquet na Indy e muitos não se conformam pelo fato dele ter sofrido um acidente e até alguns mais exaltados, falam que Piquet era muito mais piloto do que quase todo o grid das 500 milhas na ocasião... aí comecei a pensar: puxa vida... se não fosse esse acidente... o que teria sido... será que ele teria se dado bem???? Só para a título de constatação: a Menard, logo depois deste acidente, convidou o veterano multi-campeão Al Unser, que na época tinha 52 anos, e com o carro que Nelson Piquet iria correr, Al Unser terminou a corrida em terceiro lugar, graças à sua experiência neste tipo de prova... mas será que Nelson Piquet teria conseguido resultado igual ou parecido com o que conseguiu o Al Unser????

Eu acredito que não... vou explicar o porquê... o carro de Nelson Piquet era um Lola Buick... o motor Buick era um dos piores motores da Fórmula Indy (período pré-cisão) quando era controlada pela CART, pois os motores Buick eram mais pesados se comparados aos Chevrolet e Ford Cosworth, que competiam na ocasião. Ocorre que, as 500 milhas de Indianápolis não eram controladas pela CART, e sim pela USAC, um órgão rival da CART, e que a USAC fazia interpretações diferentes no regulamento da CART e criava as suas próprias regras onde as equipes da Indy tinham que se adaptar às regras da USAC.

E aí é que entrava o caso dos motores Buick... graças ao regulamento da USAC, a entidade permitia que, para igualar as forças, as equipes que corriam com motores Buick, abrissem mais a válvula do Turbo de seus motores para que ficassem parelhos com os Cosworth e os Chevrolet... assim os carros de motor Buick acabavam sendo muitas vezes até mais rápidos em termos de classificação, mas para situações de corrida, eles sofriam com a confiabilidade e muitos deles, embora demonstrassem ser rápidos, acabavam quebrando no meio do caminho e deixando seus pilotos a pé.

Ocorre também dizer, porém, que as 500 milhas de Indianápolis de 1992 foi uma das edições mais surreais e acidentadas da história da corrida, onde praticamente metade esta prova foi disputada sob bandeira amarela, onde os pilotos tinham que ficar em fila indiana e esperarem a bandeira verde ser acionada para que eles acelerassem e disputassem as posições. Al Unser soube dosar bem o uso do seu motor Buick nesta prova bastante acidentada, e com isso, acabou conseguindo esse terceiro lugar com o carro que era para ter sido de Nelson Piquet. Talvez o piloto brasileiro não teria conseguido usar essa dosagem se tivesse ele ao volante...


Esta foto é da edição de 1993, um ano depois de seu acidente...

Mas... e o Nelson Piquet??? E se ele tivesse corrido a edição de 1992???? Talvez eu acho o seguinte: Ele poderia até se classificar bem nesta prova, talvez pegando uma segunda ou terceira fila (na Indy 500, são 33 pilotos divididos em onze filas com três carros por fila)... mas na corrida teria sido diferente, talvez... Piquet, com certeza, sofreria com os problemas de confiabilidade do motor Buick de seu carro 27 e talvez nem teria terminado naquela prova tão acidentada... mas que a participação de um tri-campeão nesta prova seria um atrativo a mais para a corrida, com certeza, seria... e ele, tendo corrido aquela edição de 1992, será que teria vontade ainda de voltar para a Fórmula 1???? Não sei... vai que ele se apaixonasse pela Fórmula Indy... bom... ele disputaria ainda a Indy 500 de 1993, mas sua presença seria ofuscada pela participação do Nigel Mansell na equipe Newmann Haas. O piloto inglês tinha acabado de ser campeão da Fórmula 1 de 1992 com aquela "Williams de outro planeta" (como Ayrton Senna chegou a classificar aquele carro naquele ano)... realmente uma pena que Piquet não deu sorte com as 500 milhas de Indianápolis naquela época...

E vocês, pessoal???? Vocês acham que Nelson Piquet poderia ter se dado bem se tivesse uma sorte melhor nesta prova????