domingo, 26 de julho de 2015

Quinze jogadores que foram queimados na seleção brasileira

Bom, gente. Passados os temas de Copa do Mundo, Copa América, 01 ano de 7 x 1, aniversário de Maracanazzo, entre outras coisas, estava lembrando de Seleção Brasileira nestes dias. Afinal, é sonho de qualquer jogador brasileiro querer jogar na seleção um dia. Mas o que noto é que muitas vezes aparece cada jogador na lista de convocados, dependendo da cabeça de técnico que está lá no momento, e alguns deles, por um motivo ou outro, acabam sendo queimados e depois nunca mais lembrados em vestir a amarelinha. Com base nisto, resolvi lançar uma pequena listinha (queria que esta lista fosse maior, mas não é possível lembrar-se de todos) de jogadores que defenderam a seleção e depois foram crucificados pelo peso da camisa e nunca mais vestiram ela. Aí vai então:



WLADIMIR – O grande ídolo do Corinthians nos anos 1970 e 1980 foi convocado para um jogo das Eliminatórias da Copa de 1978 contra a Colômbia pelo então técnico Oswaldo Brandão. O empate sem gols foi um sacrilégio para os torcedores e crítica esportiva, que trataram de crucificar o lateral corinthiano nesta partida e considerá-lo bode expiatório do resultado (na época não se admitia a seleção brasileira empatar contra os colombianos em hipótese nenhuma), custando inclusive o emprego de Brandão como técnico da seleção. Depois disto, ele nunca mais foi lembrado para vestir a amarelinha.

SERGINHO CHULAPA – O centroavante polêmico, na época do São Paulo, acabou se tornando o titular de última hora na Copa de 1982 na Espanha. Porém, o jogador não teve aquele faro de gol na Copa que todo mundo esperava dele, e pra piorar, o técnico Telê Santana quis meio que domesticar o jogador para que ele não se esquentasse muito com as provocações de adversários, pois o jogador era de temperamento forte. Terminou a Copa, o jogador foi considerado um dos culpados pelo fracasso e com isto, não foi mais convocado.

WALDIR PÉREZ – O goleiro são paulino foi designado com a responsabilidade de fechar o gol daquela seleção que encantou o mundo na Copa de 1982, apesar de ter perdido. Mas ele não foi poupado das críticas, principalmente depois do frango contra a extinta União Soviética na estréia do Brasil na Copa. Nunca mais ele foi lembrado da seleção depois da fatídica derrota para a Itália.

RINALDO – Centroavante que estava começando no Fluminense, o jogador tinha algumas chances na seleção de Falcão após a Copa de 1990. Num amistoso comemorativo de 50 anos de Pelé, porém, sepultou sua carreira na seleção. Depois daquele jogo, ele foi acusado de não ter dado um passe para Pelé em situação real de gol e ser fominha em chutar direto para arriscar o gol. Acabou errando e taxado pela imprensa como “aquele que f**** o Pelé”. Este lance causou muita polêmica no futebol mundial.

CARECA BIANCHESI – O então centroavante do Palmeiras foi convocado algumas vezes na seleção do técnico Falcão para a Copa América de 1991, mas não conseguia repetir as boas atuações em clubes. A gota d´água foi no jogo contra a Argentina, onde Careca entrou no segundo tempo e com um minuto de jogo, arrumou uma expulsão por ter dado uma cotovelada no argentino Ruggieri. O narrador brasileiro ficou tão possesso com a expulsão que vociferou ao vivo para a CBF para ele nunca mais ser convocado na vida. E de fato nunca mais foi.

MARCO ANTÔNIO BOIADEIRO – Jogador artilheiro do Cruzeiro, ele foi convocado para a Copa América de 1993 e estreou justo contra a Argentina, onde errou um pênalti que decretou a eliminação da seleção brasileira do torneio. Depois disto, nunca mais foi lembrado para a seleção.

TÚLIO MARAVILHA – Artilheiro do Botafogo, ele era presença constante nas convocações de Zagallo depois da Copa de 1994. Mas a sua participação com a camisa amarelinha acabou depois da Copa América de 1995, onde ele perdeu um pênalti na final contra o Uruguai que fez perder o título para a Celeste Olímpica.

MARCELINHO CARIOCA – Ídolo do Corinthians, a imprensa insistia para que Zagallo o convocasse para a Copa de 1998. Acabou sendo ignorado pelo velho lobo. Com Luxemburgo no comando, chegou a ser lembrado em poucos amistosos, mas uma briga que ele teve com o treinador ainda no Corinthians durante o Campeonato Brasileiro de 1998 acabou sepultando de vez todas as oportunidades que era para ter na seleção brasileira.

JACKSON – Meio campista promissor do Sport Recife, foi contratado como reforço do Palmeiras para a Libertadores de 1999. Foi o que chamou a atenção de Vanderlei Luxemburgo, que o convocou para um amistoso, numa convocação polêmica na época, onde acusaram Luxa de querer tirar proveito financeiro do jogador. Por causa desta polêmica, ele sequer entrou em campo neste amistoso e depois disto, nunca mais foi lembrado para outras convocações.

MARCOS ASSUNÇÃO – Meio campista de armação, na época jogando pelo Santos, era presença marcante na seleção de Vanderlei Luxemburgo. Porém, na derrota para o Chile nas Eliminatórias de 2002, o time inteiro não viu a cor da bola e o narrador brasileiro elegeu Assunção como bode expiatório da péssima atuação. Depois, para a seleção, encerrou a carreira ali mesmo. Até hoje, o jogador guarda rancor e ódio do narrador por causa disto, considerando-o o grande culpado por não ter mais sido convocado.

DIEGO RIBAS – Meio campista que fez dupla com Robinho nas conquistas santistas dos anos 2000, foi convocado para a seleção pré-olímpica que disputava uma vaga para as Olimpíadas de 2004 em Atenas pelo técnico Ricardo Gomes. O Brasil não conseguiu a vaga para os Jogos Olímpicos e o jogador acabou sendo crucificado em termos de seleção graças a uma foto polêmica com o seu amigo Robinho na concentração da seleção.

FELIPE MELLO – Volante da era Dunga dos anos 2000, era muito criticado por seu estilo viril e violento de jogar. A crítica jornalística temia uma expulsão dele na Copa de 2010 que acabou se concretizando no jogo contra a Holanda, que acabou eliminando o Brasil daquele Mundial. Depois disto, o nome de Felipe Mello virou tabu para a título de seleção brasileira.

PAULO HENRIQUE GANSO – Nos tempos de Santos com Neymar, era presença marcante na seleção de Mano Menezes. Foi ele ir para o São Paulo e Mano ser demitido, nunca mais foi lembrado pelos sucessores de Mano. Até hoje existem jornalistas que não entendem como Ganso nunca mais foi lembrado na seleção.

DOUGLAS – Meio campo de Corinthians e Grêmio, chegou a ser lembrado nas primeiras convocações de Mano Menezes depois da Copa de 2010. Porém, uma falha num amistoso contra a Argentina nos acréscimos que resultou no gol da vitória dos hermanos acabou sendo fundamental para que ele perdesse crédito para a seleção brasileira.

PAULINHO – Destaque do Corinthians no título da Libertadores de 2012, era peça fundamental do técnico Felipão no meio de campo da seleção na campanha do título da Copa das Confederações de 2013. Porém, na Copa do Mundo de 2014, Paulinho não conseguiu repetir o bom futebol que tinha apresentado antes e foi duramente criticado pela torcida e pelos jornalistas, que fizeram côro para que ele saísse da seleção. Com o fracasso brasileiro, Paulinho amargou o esquecimento com a camisa do Brasil.

Bom, por enquanto é isto.

Valeu!!!!!