sexta-feira, 29 de maio de 2015

Paolo Guerrero e o fim de linha no Corinthians

Bom, gente. Nesta última semana aconteceram muitas coisas no nosso futebol, mas um assunto que não me sai da cabeça nestes dias foi a ida de Paolo Guerrero para o Flamengo, transação já concretizada.



O que me chama a atenção, num mundo onde já não se tem mais o amor pela camisa, foi o fato deste jogador, ter feito muitas declarações de que jamais vestiria uma camisa de outro clube brasileiro e depois reclamando de seus direitos de que ele merecia ganhar mais, numa época de crise e recessão, ele falando de que, pelo que ele fez pelo Corinthians, merecia sim ser valorizado e que o time resolveu abrir os cofres para outros jogadores que renderam abaixo do esperado (resumindo: não fizeram pôrra nenhuma no time e ganhavam salários mais altos para ficarem no banco).

Como não houve acordo entre Diretoria do Timão e o jogador, Guerrero foi liberado para atuar em outro clube, mas o que me chama a atenção é que no Flamengo, ele acertou por um valor menor do que ele pedia no Timão e que aceitou diluir suas luvas em parcelas iguais. Ou seja, para o Timão, ele queria receber à vista. Mas em outro clube, ele aceita ceder dali e daqui para realizar o sonho dos flamenguistas de “vestir o manto sagrado”, como a torcida deles sempre se vangloria e fala sobre seu time, dizendo sempre que “o sonho de todo jogador é jogar pelo Flamengo no Maracanã lotado e dar alegrias a maior torcida do mundo”, e coisas assim....



Esta situação me fez lembrar a de Rivaldo nos anos 1990. Era uma promessa do Mogi Mirim que estava atuando e se destacando no Corinthians, mas estava no time emprestado apenas. Rivaldo fez boas atuações com a camisa do Timão, mas o time não tinha como pagar o que o Mogi Mirim pedia pelo passe de Rivaldo. Eis que o Corinthians resolve depois de inúmeras tentativas fracassadas de manter o jogador, desistir dele. Depois disto, o Mogi Mirim aproveitou uma proposta menor da Parmalat e aceitou vendê-lo, para reforçar o Palmeiras. O resultado foi que na final do Brasileiro de 1994, ele comeu a bola e com a camisa do Porco, enterrou o Timão naquela decisão marcando três gols em cima da gente. Caiu nas graças do Palmeiras e depois proferiu palavras de ódio ao Timão, dizendo que não foi valorizado enquanto jogador do Corinthians.



Agora, vem a mesma história com Paolo Guerrero. Já to até imaginando Corinthians x Flamengo em Itaquera, a torcida corinthiana vaiando e xingando o Guerrero de mercenário, ele vai lá e marca o gol da vitória do Flamengo, calando a torcida e provocando nosso time. Pra depois, a imprensa maldita pegar dele uma declaração de que ele saiu com raiva e ódio do Corinthians porque não valorizaram o que ele fez de bom enquanto jogador do Timão.

Pois bem, Guerrero. Vá com Deus... a torcida do Corinthians será lhe eternamente grata pelos gols que marcou com a nossa camisa, principalmente aqueles no Mundial de Clubes de 2012 no Japão e pela vitória em cima do Chelsea ING na grande final. Mas agora temos que pensar na gente. Os jogadores sempre passam, mas o clube é que fica neste momento. E agora é procurar tocar o barco em frente e nos acostumar a enfrentar um jogador que sempre deu alegrias para o nosso time, como muitos outros ídolos com passagem marcante pelo Timão fizeram. Agora eu quero ver os mesmos flamenguistas que tinham inveja e defenestravam o Guerrero agora ter coragem de te aplaudir. O povo tem memória curta mesmo. E são estes mesmos torcedores flamenguistas que antes falavam que você era um cabeça de bagre, agora vão querer te endeusar e te naturalizar para jogar na Seleção Brasileira.

É esperar e ver e logo logo os leitores vão ver que eu não estou mentindo...

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vinte craques que nunca conquistaram a Copa Libertadores da América

Bom, gente. Assistindo aos jogos da competição sulamericana, reparei que muitas vezes esta competição é meio que injusta. Não basta necessariamente um clube ter muitos craques ou montar esquadrões poderosos para ganhar a competição. E eu aqui estava pensando em muitos craques que nunca chegaram a ganhar a Libertadores por um motivo ou outro. Com base nisto, elaborei uma pequena lista de jogadores famosos que marcaram época durante um tempo, mas nunca conseguiram chegar a ganhar a competição. Então aqui vai:



SÓCRATES – Ao contrário de seu irmão Raí, que ganhou duas vezes o troféu, o Doutor Sócrates acabou pagando o preço pelo fato do time do Corinthians não ter chegado a decisões de campeonatos brasileiros nos anos 1980. Sócrates e a Democracia Corinthiana jamais disputaram a competição sulamericana na história do torneio.



ADEMIR DA GUIA – O Divino, maior craque da história do Palmeiras, disputou a Libertadores por quatro vezes e o máximo que conseguiu foi o vice-campeonato em 1968, perdendo depois de três jogos para o Estudiantes ARG.

NILTON SANTOS – Somente uma vez ele disputou a competição, jogando pelo Botafogo, e foi eliminado nas semifinais de 1963 pelo Santos de Pelé e Cia. O time chegou a engrossar na Vila Belmiro com um empate com 1 x 1, mas perdeu de goleada no Maracanã por 4 x 0 e a geração vitoriosa do Botafogo dos anos 1960 nunca mais teve outra chance de disputar o torneio.



FIGUEROA – O melhor estrangeiro da história do futebol brasileiro participou de várias Libertadores, seja pelo Peñarol URU, seja pelo Internacional, seja pelo Palestino ou Colo Colo do Chile, mas o craque chileno nunca chegou às finais da competição.



ROMÁRIO – O baixinho, que deu o tetracampeonato da Copa do Mundo de 1994 para o Brasil, só disputou uma Libertadores, em 2001, pelo Vasco da Gama, e foi eliminado nas quartas-de-final.




RIVALDO – Chegou a ser considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA nos anos 1990. No entanto, não teve a mesma sorte quando o assunto é Libertadores. Disputou duas edições (1995 pelo Palmeiras e 2004 pelo Cruzeiro) e em ambas fracassou.

RONALDO FENÔMENO – Caso parecido com o de Rivaldo, ganhou títulos no futebol europeu e foi artilheiro do Brasil na campanha do Penta em 2002. Em matéria de Libertadores, disputou três vezes a competição (1994 pelo Cruzeiro e 2010 e 2011 pelo Corinthians). A eliminação do Corinthians para o Tolima na Pré-Libertadores de 2011 forçou a saída dele e a aposentadoria.

EDMUNDO – O animal sempre teve fascínio pela competição, pois ela dá a vaga para o Mundial de Clubes (na época, Intercontinental). No entanto, fracassou três vezes que disputou. Em 1994 pelo Palmeiras, brigou com Vanderlei Luxemburgo e foi afastado. Em 1995, arrumou um incidente diplomático em um jogo no Equador e logo depois deixou o clube. Em 1996 disputou o torneio pelo Corinthians e caiu nas quartas-de-final para o Grêmio.



TÚLIO MARAVILHA – Somente uma vez ele disputou a competição, pelo Botafogo em 1996. Ficou marcado um gol inusitado contra a Universidade Católica, onde ele, com o gol escancarado, parou, virou de costas e deu de calcanhar para marcar. O time foi eliminado nas oitavas de final pelo Grêmio.

ROBERTO DINAMITE – Com ele no time, duas vezes o Vasco disputou a competição (1975 e 1985) e em ambas, deu vexame e foi eliminado na primeira fase da competição. Na edição de 1985, Fluminense e Vasco tiveram o pior desempenho de representantes brasileiros na competição, onde ambos foram eliminados por Argentinos Juniors e Ferro Carril Oeste, times sem tradição na Argentina na época.

FALCÃO – Pelo Internacional, disputou três vezes a Libertadores e o máximo que conseguiu foi o vice-campeonato de 1980. No primeiro jogo da decisão contra o Nacional URU, recém negociado com a Roma, Falcão foi vaiado pela torcida durante todo o jogo dentro do estádio Beira-Rio.

ALEXANDRE PATO – Ele surgiu no Internacional durante o Mundial de Clubes de 2006. Assim, disputou a Libertadores de 2007, mas logo, com a eliminação precoce do time, foi negociado para o Milan. Depois, disputou ainda a competição em 2013 pelo Corinthians e em 2015 pelo São Paulo, em ambas caindo nas oitavas-de-final.




KAKÁ – Caso parecido com o de Sócrates, surgiu no São Paulo em 2001 num período de vacas magras do time, onde o São Paulo estava fora da Libertadores. Ele saiu do time em 2003 e o clube voltou à competição internacional somente em 2004. Em 2014, voltou para o São Paulo e ajudou o time a se classificar para 2015, mas sem acordo, o jogador foi para o Orlando City este ano.

ROBINHO – Depois daquela final das pedaladas no Brasileirão de 2002 (o último que teve mata-mata) contra o Corinthians, o time do Santos disputou a Libertadores de 2003 e estava atropelando os adversários e seguindo invicto na competição. Até topar com o Boca Juniors de Carlos Bianchi e Carlitos Tévez na final e aí o Santos afundou na decisão. Robinho ainda jogaria depois no ano seguinte, mas sem repetir o desempenho da campanha anterior.

LUIZ FABIANO – O “fabuloso” disputou a Libertadores pelo São Paulo por três vezes e a melhor campanha foi em 2004 onde caiu nas semifinais para o desconhecido Once Caldas da Colômbia.



PAOLO GUERRERO – Caso parecido com o de Alexandre Pato no Internacional chegou ao Corinthians durante o segundo semestre de 2012 e foi o herói do Mundial de Clubes. Mas em Libertadores, fracassou duas vezes em 2013 e 2015, ambas caindo nas oitavas de final.

FRED – O jogador do Fluminense e da seleção brasileira participou das edições de 2011 a 2013, e o máximo que conseguiu foi chegar até as quartas-de-final por duas vezes seguidas, em 2012 e 2013.

RAMIREZ – Disputou em 2009 e 2010 pelo Cruzeiro, parando em 2009 na final para o Estudiantes ARG e em 2010 perdeu para o São Paulo.

SERGINHO CHULAPA – Jogador polêmico na sua época disputou a competição pelo São Paulo em 1978 e 1982, ambas ficando na Fase de Grupos.



MARADONA – O maior jogador do mundo para os argentinos, campeão da Copa de 1986 também nunca disputou a competição. Quando jogava no futebol argentino, atuou por Argentinos Juniors, Boca Juniors e Newell´s Old Boys em épocas que estes clubes não estavam envolvidos na competição. Maradona só comemorava os títulos de Libertadores na condição de torcedor do Boca Juniors, seu clube de coração, nas tribunas de honra do estádio La Bombonera.

Menção honrosa para:



VANDERLEI LUXEMBURGO – Passou por vários clubes no Brasil seja como jogador seja como treinador, inclusive treinando a seleção brasileira e o Real Madrid ESP. O melhor resultado dele nesta competição foi em 2007 treinando o Santos, quando caiu nas semifinais para o Grêmio no gol agregado depois de ter passado por todas as fases e feito a melhor campanha da Fase de Grupos com 100% de aproveitamento. Luxa ainda treinou o Palmeiras, o Cruzeiro e o Grêmio nesta competição em épocas diferentes.



DUNGA – O atual técnico da seleção brasileira também não sabe o que é disputar a Libertadores. Ele, como jogador, atuou no Internacional, Corinthians, Santos, mas pegou estes clubes numa fase que eles estavam em baixa no cenário nacional e que, portanto não disputaram a competição.



JÚLIO CÉSAR FALCIONI – O técnico argentino disputou como jogador a competição atuando pelo América de Cali COL nos anos 1980 e ficou marcado com um tri-vice inédito do time para clubes diferentes: em 1985 perdeu para o Argentinos Juniors; em 1986 para o River Plate e em 1987 para o Peñarol URU. Para piorar a situação, era ele o técnico do Boca Juniors que perdeu a final de 2012 para o Corinthians.


sábado, 9 de maio de 2015

As vinganças de Felipão

Bom, gente. Depois de passada esta época de Copa do Mundo, estava aqui analisando as passagens do técnico Luiz Felipe Scolari (Felipão) pelo futebol e descobrindo, através de sua data de nascimento, o porque de acontecerem de fato alguns episódios conhecidos da vida de algumas pessoas neste esporte.



Felipão nasceu em 09/11/1948, o que significa que ele é do signo de Escorpião. E este signo é marcado pela forma como trata as suas situações, a teimosia excessiva e a forma de planejar e executar vinganças pessoais quando alguém o machuca ou o magoa, seja no profissional, seja no afetivo, seja no lado pessoal e não descansa enquanto o que ele arquitetou não chegar ao resultado final. Então, aqui, vou citar alguns casos onde ele executou algumas vinganças pessoais e acabou se dando bem nelas (ou não).

Logo na primeira passagem pelo Grêmio, ele arrumou briga com um certo cara chamado Manoel Tobias, tudo isto por este jogador ter questionado a sua perda de posição para um outro jogador. Na hora de renovar o contrato, Felipão não autorizou o negócio e  Tobias, uma promessa do Grêmio naquela época, acabou sendo expurgado do time, e também do futebol, perdendo a oportunidade de se sagrar campeão da Libertadores de 1995 e tendo que se redescobrir no futsal, onde virou ídolo. Até hoje Manoel Tobias e Felipão não se falam...


 Veio depois a passagem de Felipão para o Palmeiras (um antigo rival de Felipão em mata-matas históricos entre Grêmio x Palmeiras na metade dos anos 1990) e com ela, ocorreram alguns episódios. No primeiro ano dele, em 1997, arrumou briga com Viola, porque este não gostou de ser substituído por ele durante um jogo. Mas Felipão arquitetou com o tempo a sua vingança. Na final do campeonato daquele ano entre Vasco x Palmeiras, Viola se machucou gravemente durante o jogo, ficando de olho roxo e saindo na maca.

Felipão ordenou largarem ele lá no chão do vestiário do Maracanã sozinho sem assistência médica nenhuma enquanto o côro estava comendo na final e assim o Palmeiras perdeu o título e Viola foi praticamente expulso do Parque Antarctica logo assim que se recuperou. Felipão preferiu que a Parmalat contratasse o Paulo Nunes para ser o homem gol do time na sequência. Viola, quando perguntado sobre Felipão, acaba sempre vociferando palavras de raiva e ódio por ter sua passagem pelo seu time de coração abreviada.



Logo depois, vieram outros episódios. Lembram das famosas embaixadinhas do Edilson em 1999 e que terminaram em pancadaria no clássico Corinthians x Palmeiras? Pois bem, Edilson e Felipão bateram boca depois do jogo ao vivo para todo mundo ouvir e logo depois da troca de farpas, ele esperou o momento da vingança, no jogo seguinte entre Corinthians x Palmeiras, onde botou os marcadores cercarem o Edilson e só sossegarem quando o aleijassem e ele deixasse o campo na maca. Resultado: o Palmeiras goleou e Edilson acabou parando no estaleiro.

Ainda sobre Corinthians x Palmeiras, os porcos lembram com carinho a penalidade que Marcos pegou de Marcelinho Carioca. Mas foi tudo um plano maquiavelicamente arquitetado por Felipão depois da primeira partida onde o Timão ganou por 4 x 3. Ele inflou os jogadores do Palmeiras e declarou que era preciso ter ódio e raiva para ganhar do time. O que ninguém viu foi que logo depois do pênalti do Marcos, Felipão saiu correndo e comemorando, mostrou uma banana para a torcida corinthiana e incentivou os jogadores do Palmeiras a provocarem a torcida adversária nas comemorações. Até hoje de pensar nisto eu sinto raiva, ódio e desprezo pela figura do Felipão, que saiu todo saltitante e cantando vantagem por esta partida.



Mas talvez o episódio de vingança mais arquitetado que Felipão se saiu bem foi a Copa de 2002. Explica-se: ele cortou Romário da delegação da seleção alegando quebra de confiança. Com a torcida enchendo o saco implorando a convocação dele, Felipão bateu o pé e não levou Romário para a Copa. Mas aí o Brasil deu uma sorte de que tinha Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho e faturou o penta, vangloriando-se de ter derrubado a torcida, executando assim a sua maior vingança contra o povo brasileiro, sacramentando depois sua ida a Portugal.

Mesmo depois de passar por Portugal, Chelsea, Uzbequistão, ele voltou a aprontar suas vinganças e o Corinthians foi mais uma vez vítima dele. Lembram do jogo do "Fala Muito, Fala Muito, Fala Muito..." que o Tite repetiu para ele??? Pois bem, Felipão foi expulso de campo e o Palmeiras foi eliminado. Ele esperou Corinthians x Palmeiras se enfrentarem novamente desta vez no Campeonato Brasileiro e armou uma arapuca, ficando longe do banco e botando Valdívia para catimbar e enervar os adversários durante o jogo. Palmeiras ganhou o clássico (a última vitória do Porco em cima da gente em 2011) e Felipão foi tratado como gênio pela imprensa nacional.





Por fim, a última vingança dele, mas desta vez, ele se ferrou (claro, não se pode ganhar todas, afinal...). Ele teve uma discussão feroz contra Daniel Alves após a disputa de pênaltis entre Brasil x Chile que o Brasil avançou. A coisa ficou feia no vestiário e há quem diga que Felipão queria esmurrar Daniel Alves. O jogador, depois desta briga, foi afastado definitivamente do time titular e nunca mais atuou na Copa. O Brasil começou a perder a Copa ali. Daniel Alves foi sunstituído por Maicon, Neymar se machucou contra a Colômbia, e logo depois, bem... veio aquilo que o povo não gosta de falar e que muitos culpam até nossa Presidenta pelo fracasso do Brasil na Copa.

Agora no Grêmio, ele tenta reconstruir sua carreira. Resta saber se ele vai reconstruir sua humildade, porque afinal, os humildes sempre se ferram e só os arrogantes é que são os fódões. Vamos ver como é que vai administrar daqui pra frente seu caminho, se não pintarem outros episódios de vingança para Felipão querer desfrutar e se deliciar.