sexta-feira, 26 de maio de 2017

Superbowl LXX - Um exercício de imaginação sobre um futuro do jogo...

Bom, gente... o Superbowl é considerado o maior espetáculo do Futebol Americano de todos os tempos... todo ano, as 32 franquias da NFL disputam durante pouco mais de seis meses a supremacia do esporte e erguer o troféu de campeão é a glória para todo jogador. E eu estava aqui pensando, analisando o passado da NFL e resolvi fazer uma pequena viagem para o futuro: como seria se imaginássemos um Superbowl daqui a umas duas décadas???? Será que muita coisa mudaria???? Pois eu imaginei a disputa do jogo na edição LXX (setenta).




Superbowl LXX (temporada de 2035, mas o jogo é em Fevereiro de 2036). Os cenários são os seguintes: O jogo vai ser disputado em Wembley, Inglaterra (pela primeira vez, o Superbowl não é sediado nos Estados Unidos) e por causa disto, a partida aqui no Brasil é transmitida à tarde, e não à noite como era de costume. E os concorrentes????

O Superbowl LXX vai ser uma disputa entre dois times que surpreenderam a muita gente que não os cotavam como favoritos ao jogo. Do lado da Conferência Nacional, teremos o time do Washington Redskins, que terminou a temporada regular na posição de Wild Card (número 5) e despachou respectivamente nesta ordem os times do Chicago Bears, do New York Giants e decidiu a Conferência Nacional contra o time do Carolina Panthers, derrotando-os por 23 x 17... os Redskins jogaram todas as partidas fora de casa.

Já pelo lado da Conferência Americana, teremos, pela primeira vez chegando ao Superbowl, o time do Cleveland Browns... o time fez uma campanha de 11 vitórias e 5 derrotas na temporada regular surpreendendo a muita gente e se classificou com a posição número 2, tornando-se campeão da Divisão Central, sem precisar de disputar Wild Cards. Os Browns despacharam nos play-offs o Buffalo Bills e na decisão de conferência, derrotou o Brooklyn Jets (antigo New York Jets) pelo placar de 33 x 14 na casa do time de Brooklyn.



Washington Redskins e Cleveland Browns chegaram por caminhos diferentes ao Superbowl LXX

Campanhas apresentadas, os times tem como destaques, não algum jogador renomado, mas sim as comissões técnicas... o Washington Redskins, mais uma vez demonstrando pioneirismo na NFL, é o primeiro time treinado por uma mulher (Lily Granston,  ex-jogadora do Legends Football League), que começou um trabalho nesta temporada e conseguiu surpreender a todos dentro da NFL. Já o time do Cleveland Browns é treinado por Tom Brady (ex-quarterbeck multi-campeão pelo New England Patriots), que sabe como é ser campeão como jogador, mas almeja também ser campeão como treinador, com o objetivo de quebrar recordes na história do Superbowl... pela campanha que fez e pelo trabalho apresentado, os Browns são cotados como favoritos à conquista...

Tom Brady quer ser o primeiro campeão como Quarterbeck e Técnico na NFL

E fora das quatro linhas, teremos o já costumeiro show do Intervalo, onde teremos como atrações a cantora Ariana Grande junto com Paris Jackson (a filha de Michael) e a veterana cantora Rihanna Hamilton... confirmaram presenças no Superbowl grandes celebridades como o técnico do Barcelona Ronaldo de Assis (convidado especial de Tom Brady e de Gisele Bundchen), o bi-campeão  de Fórmula 1: o inglês Maurice Jensen, o jogador do Manchester City, o brasileiro David Lucca (filho de Neymar Jr), o veterano ator Zac Efrom e a YouTuber italiana Julia Gavassi, famosa por seus vídeos de moda na Internet...

Bom... falta pouco para o kickoff inicial em Wembley... o que você acha que vai dar neste jogo... aguardemos o dia para saber...

sábado, 13 de maio de 2017

Se eu tivesse o poder de salvar a Lótus na Fórmula 1...

Ayrton Senna em ação ainda na época da Lótus JPS

Bom, gente... tava aqui pensando durante uma caminhada... sobre equipes antigas e a Lotus me chamou um tanto a atenção... famosa na Fórmula 1 antiga pelas grandes conquistas e por ter sido a equipe onde os três pilotos brasileiros campeões correram (Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna em períodos diferentes). A equipe revolucionou o mundo da Fórmula 1 nos anos 1960 e 1970, passou por momentos difíceis nos anos 1980 e por fim nos anos 1990 veio à bancarrota de forma lamentável... ainda teve aquele curto período de Lotus Racing em 2010 e 2011 (depois Caterham) e como Lotus Renault de 2012 a 2015. Mas o que me chamou a atenção foi o período pós-Ayrton Senna (1988 pra frente), onde a partir da saída do tri-campeão (na época um jovem talento promissor que tinha ganho meia dúzia de corridas) é que as coisas dentro da Lotus acabaram ficando cada vez mais piores...

Com a saída de Ayrton Senna, o patrocinador da equipe (na época a marca de cigarros Camel) pediu uma contratação de impacto para substituir o brasileiro... a Lotus acabou, para permanecer em destaque na mídia, chamando Nelson Piquet, que em 1988, entrou com o status de tri-campeão e levou o número 1 junto...



A equipe já com o patrocínio da Camel no final dos anos 1980...

Só que foi justamente a contratação de Nelson Piquet, que pra mim, tornou-se o calcanhar de aquiles dentro da Lotus... a equipe convenceu-o a defender a equipe oferecendo-lhe um contrato financeiro muito vantajoso por duas temporadas, onde o próprio confessou em uma entrevista, que chegou à Lotus recebendo "o dobro do que recebia na Williams e muito mais do que a McLaren lhe oferecia"...

Pois bem... aí começou o declínio... a Lotus Honda de 1988 fez uma péssima temporada, culminando no final com a saída dos japoneses da equipe, passando a se dedicar exclusivamente à McLaren... em 1989, a equipe teve que apelar para os fracos motores Judd, que faziam seus carros largarem no meio do pelotão pra trás (no GP da Bélgica daquele ano, os dois carros da equipe ficaram fora do grid de largada, sendo a primeira vez que a mesma ficava fora do grid por incapacidade técnica) e Nelson Piquet acabou saindo da equipe no final daquele ano.

Veio 1990 e a Lotus assinou um contrato de risco com a Lamborghini para fornecer motores... os mesmos revelaram-se ser mais fracos ainda e em muitos momentos, perdiam até para a equipe Larrousse (que também usava motores Lamborghini e fizeram um pódio no GP do Japão daquele ano com Aguri Suzuki). A paciência da Camel foi pro espaço depois de gastar rios de dinheiro e não ter resultados, onde a marca passou a apoiar Williams e Benetton, largando a Lotus à mingua, sem um patrocinador forte e em estado de pré-falência...

Logo depois, vieram poucos resultados com uma dupla promissora como Mika Hakkinen e Johnny Herbert... mas os lampejos acabavam e a equipe chegou a um melancólico fim em 1994, leiloando os espaços de seus carros com marcas diversas de pequenos patrocínios e pilotos de talento questionáveis como Phillipe Adams (lembram dele???), Pedro Lamy e um Alessandro Zanardi que ainda não tinha despertado na extinta CART... foi o fim da linha para a Lotus...

Vendo esse cenário, comecei a pensar uma coisa: e se eu fosse o Peter Warr (o ex-manda-chuva da Lotus nos anos 1980), o que faria nesta situação depois de ver o Ayrton Senna sair da equipe???? Claro que tudo na Fórmula 1 são negócios, mas eu tomaria umas atitudes um pouco diferentes na condução da equipe a partir do final de 1987... o que eu poderia imaginar???


Derek Warwick, aqui em ação com a Lótus... ele pegou a equipe já nos piores momentos...

Primeiro: vê quem estaria disponível que não fosse muito caro para a equipe... imaginei aqui o nome de Derek Warwick, um piloto inglês que não era assim um gênio, mas que guiou para a Renault antes e também aproveitava o fato de que não tinha mais a presença do brasileiro para seduzí-lo a correr para a equipe (para quem não lembra, existiu um episódio polêmico na Lotus onde Ayrton Senna vetou a contratação de Warwick na equipe em 1986)... no final de 1987, o piloto inglês estava defendendo a Arrows... eu convenceria a Camel a pagar a multa rescisória de Warwick na Arrows (acredito que não era assim tão cara a multa) e pagava um salário muito menor do que o Piquet receberia caso fosse contratado, mas daria algumas garantias de um bom status técnico para Warwick ter liberdade na escolha dentro da Lotus... sairia muito mais barato para os cofres da Lotus e sobraria algum dinheiro para investir melhor na equipe...

Segundo: a Honda deixou a equipe no final de 1988, certo???? Pois bem... com mais dinheiro em caixa, eu compraria unidades da Cosworth ao invés da Judd... os Cosworth eram um pouquinho mais caros que os Judd, mas eram mais competitivos... fariam a equipe disputar e largar no meio do pelotão pra frente, se intrometendo no meio de Benetton e Williams por exemplo (na época essas equipes eram terceira e quarta força)... e com isso, talvez o vexame de Spa Francorchamps 1989 seria evitado... a equipe acumularia muito mais pontos naquela temporada e terminaria entre as cinco, seis primeiras nos Construtores...

Terceiro: dispensaria o Satoru Nakajima ainda em 1989 (já que não faria o menor sentido o protegido da Honda numa equipe sem motor Honda) e chamaria Martin Brundle, outro inglês e antigo rival de Ayrton Senna na Fórmula 3 britânica... assim a Lotus teria dois pilotos ingleses bons, baratos e que queriam mostrar serviço dentro da equipe...

Por fim, com esse cenário e motores Ford Cosworth, não haveria a necessidade de ter arriscado o pescoço com um motor Lamborghini... quem sabe a Ford também passaria a olhar melhor a Lotus... e com esse quadro um pouco melhor, quem garante também??? Talvez a Camel pensaria umas duas vezes em deixar a Lotus e mesmo que ela resolvesse escolher mais tarde uma Williams ou uma Benetton, não abandonaria a Lotus... talvez passasse a patrocinar numa proporção menor, mas abriria as portas para uma nova marca a patrocinar...


Johnny Herbert em ação em 1992...

E ainda: lembra da dupla de 1991 e 1992, Mika Hakkinen e Johnny Herbert???? Infelizmente não poderia contar com o piloto finlandês (Mika Hakkinen era piloto do Programa da Marlboro, rival da Camel e isso impediria um acordo enquanto a Camel estivesse na Lotus), mas poderia contar com o piloto inglês (Johnny Herbert sempre defendeu as cores da Camel nas categorias menores). Ele apareceria mais num equipamento melhor e a Lotus teria esse trunfo de poder negociá-lo para um time melhor mediante pagamento de uma multa rescisória boa... e por fim, com resultados medianos mas melhores do que foram de fato, os críticos veriam a equipe com mais carinho e entender que a equipe estaria passando por uma reestruturação em busca de novos caminhos... e acho que os resultados seriam melhores, talvez evitando essa bancarrota...

São hipóteses que fico abrindo e raciocinando na minha cabeça se tivesse acontecido esse cenário... quem é que sabe... e vocês???? O que achariam dessa viagem????