sábado, 18 de outubro de 2014

Carros verdes no automobilismo - curiosidades e lendas



Bom, gente. Estava aqui pensando olhando sobre os carros que competem nas diversas categorias, as cores presentes e notei uma coisa: os carros com predominância de cor verde.



Esta cor parece que está tipo enfrentando uma seca de conquistas desde os tempos de Jim Clark e sua Lotus dos anos 1960. A verdade é que depois que entraram na moda os patrocinadores, as equipes deixaram de ter as cores padrões delas. Por exemplo, a Lotus era verde escura. A Brabham o azul, a McLaren, o laranja, a BRM, o preto, etc e etc.

  Depois que entraram os patrocinadores, parece que a cor verde tem se tornado uma cor muito agourenta ou representando poucos resultados. E então eu resolvi criar este texto para lembrar de exemplos de carros de cor verde em algumas categorias.
 
Vamos começar pela Benetton. A grife de roupas resolveu se aventurar na Fórmula 1, primeiro como patrocinadora, depois como dona de equipe. Em 1983, ela começou sua aventura na categoria, patrocinando a Tyrrell. Naquele ano, no GP de Detroit, o saudoso Michele Alboreto obteve a última vitória da equipe na Fórmula 1.



Depois disto, a Benetton, sempre predominando a cor verde, passou a patrocinar a Alfa Romeo, mas com o fechamento da equipe no final de 1985, eles resolveram comprar a equipe Tóleman e rebatizaram a equipe, que passou do pelotão intermediário a brigar por posições mais lá na frente. As primeiras vitórias da equipe foram com os carros coloridos, mas mantendo o verde como cor principal... mas a Benetton só passaria a disputar o título depois que adotou o azul da marca de cigarros japonesa Mild Seven para misturar com o verde da Benetton, isto no ano de 1994, quando Michael Schumacher faturou seu primeiro título.


Voltando um pouco antes, em 1991, marcou a estréia de uma equipe que estava ganhando corridas nas categorias de base. A Jordan Grand Prix fechou para aquele ano um patrocínio de refrigerantes da marca Seven Up, com isso a primeira cor teve que ser o verde. Com este carro, a Jordan foi a equipe revelação do ano e teve bons momentos, principalmente nos GPs da Hungria, onde o luxemburguês Bertrand Gachot cravou a melhor volta da corrida. Mas foi no GP da Bélgica que a equipe teve maior destaque. Esta corrida marcou a estréia de nada mais nada menos de um alemãozinho chamado Michael Schumacher, que roubou a cena na classificação. O problema é que a corrida dele durou apenas 500 metros.


Mas foi nesta mesma corrida que o veterano Andrea de Césaris, por pouco não venceu a corrida. Ele estava em segundo lugar, pressionando o líder Ayrton Senna, que estava com problemas no câmbio. Mas o motor Ford Cosworth do carro de De Césaris quebrou na penúltima volta e acabaram as esperanças do veterano italiano vencer pela primeira vez uma corrida de Fórmula 1.

 
Outros exemplos de carros verdes foram a própria Lotus, mesmo depois de passar a ter patrocínio, teve algumas temporadas com pouco destaque, usando carros verdes, a equipe Jaguar de 2000 a 2004, com poucos resultados expressivos, e a atual Caterham, que desde que estreou na Fórmula 1 em 2010 (ainda com o nome de Lotus Racing) até este ano, não marcou sequer um ponto.


Na Fórmula Indy, os carros têm uma característica de multi cores, mas temos alguns exemplos de carros verdes. Destaque para os carros da marca Quaker State, de predominância verde. Em 1992, o colombiano Roberto Guerrero, cravou a pole position para as 500 milhas de Indianápolis daquele ano, mas na corrida, bateu na volta de apresentação e aquecimento de pneus. A marca ainda esteve presente na Indy (CART e Champ Car) e IRL (com os Lola Menard de 1996 e também nos carros até 1998). A marca faturou somente duas vitórias na Indy em sua totalidade (uma em 1989 com a Porsche e outra em 1997 pela equipe Menard).

Quem também correu de verde foi a equipe Andretti Green, anteriormente chamada de Green, primeiro com a marca de cigarros Kool e depois com o patrocínio da 7 – Eleven, inclusive foi com um carro de cor verde e branca que Tony Kanaan faturou o título de 2004 da indy (Fase IRL), cores que ficaram com Tony Kanaan até 2010, e mesmo quando ele mudou-se para a Lotus KV em 2011, também continuou correndo de verde. Naquele ano de 2011, a KV fez uma associação com a marca Lotus e usou carros de cor verde naquela temporada.

 Outro exemplo de maior destaque foram os carros da marca Go Daddy primeiramente com Danica Patrick e depois com James Hinchicliffe. Mesmo tendo ido para a Nascar, Danica Patrick continuou a defender a marca, usando assim também, carros de cor verde.

Outros exemplos de cor verde foram com a Simona de Silvestro na HVM (equipe originária da antiga Herdez da Fórmula CART, que sempre teve carros de cor verde predominante), os carros de Adrian Fernandez na CART até 2003 e na IRL em 2004, o Ed Carpenter na própria equipe, entre outros...



Em outras categorias, tivemos sim uma vitória de um carro com a Mazda, que tinha patrocínios e cores, entre elas, o verde, no ano de 1991, marcando a vitória de um carro com motor rotativo. E aqui no Brasil, também tivemos alguns adoradores do verde. Ingo Hoffmann na Stock Car, teve durante muitos anos, carros multicores, incluindo o verde. E o brasileiro Christian Fittipaldi, palmeirense convicto, correu na Indy em 1995 com um carro onde o destaque era o design da bandeira do Brasil, e claro, o verde predominante, onde ele faturou o segundo lugar nas 500 milhas de Indianápolis daquele ano.


E para encerrar, o próprio Christian, lembra que eu falei que ele era palmeirense??? Pois bem... ele correu na Stock Car, inclusive com um carro pintado com o símbolo e as cores do Palmeiras. Ah, e por falar em Palmeiras, o Presidente Paulo Nobre, poucos sabem, foi piloto de Rally e sempre corria com o carro com as cores do seu time.

Pois é... estes são exemplos de como a diversidade nas cores é interessante e também interessantes as curiosidades sobre as cores. Encerro aqui esta coluna, mas vocês podem apreciar as fotos destes carros de predominância de cor verde. É isto...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O que esperar do São Caetano de hoje



Bom, gente. Mês de Outubro de 2014 nós estamos entrando e neste mês, o que me chama a atenção é que no final deste mês vão se passar exatamente dez anos do divisor de águas de um time que no começo dos anos 2000 foi brilhante e que chamava muito a atenção naquele período. Estou falando do São Caetano, campeão paulista de 2004, vice do Brasileiro de 2000 e 2001 e vice da Libertadores de 2002.



Lembro-me do clube ter disputado nos anos de 1990 vários campeonatos de Segunda Divisão de São Paulo com veteranos como Luis Pereira (o Luis Chevrolet da Academia do Palmeiras) e Serginho Chulapa (ex-São Paulo e Santos, entre outros clubes), ainda com o uniforme vermelho e o patrocínio das Casas Bahia. Logo depois, veio o uniforme azul que virou a marca do time. O São Caetano surgiu para o Brasil assim de repente no final do ano de 1999, feito uma campanha de destaque na Série B e que por pouco não subiu para a Série A. Mas foi no módulo amarelo da Copa João Havelange de 2000 que veio o início da ascensão deste clube. Um time que tinha alegria de jogar e que impressionava a sua ascensão pelo pouco tempo de vida e de estar ali incomodando os grandes do futebol brasileiro.

Ainda naquele ano de 2000, graças ao regulamento, o time saltou da Série B (o módulo amarelo) direto para a Série A no mesmo ano e derrubou os grandes do módulo azul. Palmeiras e Grêmio caíram perante ele nos mata-mata e na final, o jogo mais importante da vida deles, contra o Vasco da Gama, na final da Copa João Havelange. O time não ganhou o campeonato e até hoje o pessoal, torcedores e quem gosta do futebol,  lamenta muito por isto.

Lembro-me de que por muito tempo o azulão, como era conhecido o time, foi chamado de “asa negra corinthiana” porque o Timão dificilmente ou raramente conseguia derrotar o time do ABC e este aplicava muitas surras no Corinthians... e não tinha uma torcida assim tão enorme, pelo contrário, só lotava mesmo o estádio quando o trio de ferro paulista (Corinthians, Palmeiras, São Paulo) ou o Santos jogavam no Anacleto Campanella.

Cara, o time quase ganhou a Libertadores em 2002. Perdeu porque caiu no jogo do oba oba da imprensa “especializada”, da mídia “entendedora do assunto” e no jogo de bastidores do Olímpia. Lembro-me bem daquela decisão. Depois de ter ganho fora de casa lá no Defensores Del Chaco, todo mundo falava.... não tem pra ninguém... o São Caetano é o time do momento e merece ganhar.... pois é.... veio no Pacaembu, talvez pela pressão que teve de decidir um torneio importante como era a Libertadores, eles caíram como pato na provocação do jogo de bastidores do Olímpia, um clube que naquele ano, estava comemorando seu Centenário e que já tinha experiência de vários torneios internacionais. Acabaram perdendo uma Libertadores praticamente ganha no Pacaembu. E com isto, perdeu a oportunidade de enfrentar no Japão no final daquele ano o galáctico time do Real Madrid de Zidane, Ronaldo, Casillas, Figo e Beckham, entre outras estrelas... até hoje penso se esses dois times se enfrentassem o que seria o jogo...

Pois é.... o São Caetano era grande, o Corinthians era pequeno, todo mundo dizia isso.... Vários treinadores bons estiveram no clube como Jair Picerni, Tite e Muricy Ramalho... o time tinha um modelo de administração que todo mundo falava que era o futuro do futebol e que deveria ser inclusive copiado pelos grandes do futebol brasileiro... lembro-me de uma vez que o dirigente corinthiano Antônio Roque Citadini disse que o São Caetano não era exemplo pra ninguém... foi taxado de invejoso e falaram que ele estava com dor de cotovelo pelo sucesso que o São Caetano estava tendo naquele período...

Mas tudo isto mudou quando o Serginho, meio de campo do São Caetano, morreu em campo numa imagem dramática e que percorreu o mundo num jogo contra o São Paulo no Morumbi.... isto faz exatos 10 anos, em 27 de Outubro, poucos dias depois de seu aniversário... Depois veio a decadência. O time perdeu pontos em 2004, depois vieram os rebaixamentos tanto no Paulista quanto no Brasileiro e esta semana, o time acabou de cair e vai disputar a Série D de 2015 (equivale à quarta divisão do campeonato brasileiro). E se não conseguir acesso de volta para a Série C em 2016, nem Série D vai disputar. Fora que hoje no Paulista ele está na A2 (a segunda divisão)....

Hoje ninguém mais ouve falar neste time. É lamentável e tanto que se gabavam de falarem que o time era grande, hoje o time não é nem sombra do que foi um time que antigamente chegou a ser apelidado de “Showcaetano, o pequeno gigante”. Lembro que por muitas vezes os palmeirenses até se gabavam do fato do hino deles ser uma cópia do hino do Palmeiras e consideravam o time uma espécie de “filial do Palmeiras” pelo relacionamento que os diretores de ambos os clubes tinham entre si...

Bom, é lamentável isto mesmo e hoje o time luta apenas para sobreviver... triste isso... triste pelo que foi um dia o São Caetano, assim como outros times do interior de São Paulo que também tiveram sucesso por um breve período, afundando-se cada vez mais no futebol brasileiro...


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Uma análise dos campeões pela McLaren



Bom, gente. Final de temporada acontecendo mais uma vez, mas hoje resolvi voltar um pouco no tempo. Mais precisamente em 1984, ou seja, há 30 anos atrás. Na Fórmula 1 que estava sendo dominada por motores turbo, uma equipe inglesa que estava passando por crise técnica ressurgiu de forma avassaladora e conquistou o título daquele ano. Estou falando da hoje poderosa McLaren.



O último título da equipe tinha sido com James Hunt em 1976 e ainda era o chefe de equipe Teddy Mayer. Depois disto, a equipe passou por um leve declínio e também a troca de controle acionário. Veio Ron Dennis e também as mudanças. Em 1983 ainda eles assinaram um contrato com a Porsche para fornecimento de motores, rebatizados na equipe de motores TAG. Os resultados começariam a vir na temporada seguinte.

Surge 1984 imediatamente como um divisor de águas para a equipe. A dupla daquele ano era Alain Prost, recém contratado pela equipe, e o veterano Niki Lauda, que estava com  marca de bi-campeão na época. Depois de uma temporada onde a equipe dominou a com sobras, veio os títulos tanto de pilotos quanto de construtores. Mas agora veremos uma análise dos pilotos que se sagraram campeões pela escuderia.

O primeiro que inaugurou essa saga de vitórias foi o Niki Lauda, que conseguiu na última corrida de 1984 o título, o seu terceiro campeonato. Superou seu companheiro de equipe por apenas meio ponto, a menor diferença entre pilotos num campeonato até hoje. Depois do terceiro título, Lauda sossegou o facho e correu ainda em 1985 para cumprir tabela. Mas aí resolveu se aposentar, já consagrado e cuidar dos seus negócios, antes de voltar à Fórmula 1 como dirigente.

Alain Prost, seu companheiro de equipe, teve mais vitórias que Lauda em 1984, mas perdeu o título por um capricho do regulamento, mas em 1985 ele não deu sopa para o azar e faturou seu primeiro título. Depois, em 1986, veio o bi, um pouco que beneficiado também pela briga interna na Williams, onde acabou levando a melhor na última etapa, correndo pelas beiradas, por fora. Prost depois teria que dividir a equipe com um certo brasileiro chamado Ayrton Senna, onde duelaram entre si durante dois anos dentro da McLaren e Prost em 1989 acabou anunciando a saída da equipe, depois que Senna tomou conta do ambiente, sem antes faturar também o título de 1989 naquela decisão polêmica no Japão.

Ayrton Senna foi o piloto que mais deu vitórias à equipe neste período pós 1984 e com ele a equipe faturou outros três títulos. Em 1988, a equipe, graças ao projeto do MP4/4, dominou praticamente toda a temporada, ganhando 15 das 16 corridas daquele ano e Senna faturou seu primeiro título, derrotando Prost, no início de uma briga e rivalidade que ficariam eternizadas na memória dos fãs da velocidade que viveram esta época. Depois vieram os títulos de 1990, mais uma vez derrotando Prost, desta vez ele na Ferrari, e em 1991, derrotando Nigel Mansell e a Williams.

A parceria Senna e McLaren estava indo bem, mas depois que a Williams começou a dominar a categoria, o piloto brasileiro fez de tudo para ir para a equipe rival e não escondeu isto de ninguém. No fim, ele deixou a equipe sem antes cravar sua última vitória na Fórmula 1 no GP da Austrália de 1993, encerrando uma longa parceria entre ele e a equipe. O resto é história.



Depois disto, vieram um período de incertezas e tentativas de novas parcerias, que só começaram a dar certo depois que a equipe fechou com a Mercedes para fornecedora de motores. O título veio somente em 1998 com o finlandês Mika Hakkinen, um piloto promissor que ainda não tinha vitórias na categoria. Ele se motivou e buscou a confiança para fazer da equipe novamente campeã. Depois de uma batalha árdua contra Michael Schumacher da Ferrari, a equipe novamente foi campeã. E no ano seguinte ele faturou o bi, mesmo contestado por muitos críticos na época por causa de suas limitações e erros cometidos na temporada.

Em 2000, o piloto finlandês tinha um objetivo: sagrar-se o primeiro tricampeão seguido depois de Juan Manuel Fangio. Ele lutou muito e teve bons momentos como a manobra espetacular em cima de Michael Schumacher no GP da Bélgica daquele ano. Mas no final acabou definhando e perdendo o título. Depois disto, perdeu motivação e acabou se retirando da categoria, com dois títulos mundiais.

Mais um período de insucessos vieram nos anos seguintes. A equipe ainda tentou combater o sucesso da Ferrari e de Michael Schumacher, sem sucesso. Mas ela fez temporadas boas como 2005, que não conseguiu o título por azares e erros de sua dupla de pilotos, mesmo com o melhor carro. Em 2007, tudo parecia que iria ser o título da equipe, mas o escândalo de espionagem que a equipe se envolveu acabaram por excluí-la do campeonato e também perder o título de pilotos na última corrida, título ganho por Kimi Raikonnen, cria da McLaren, desta vez o piloto guiando pela Ferrari.

O ano de 2008 reservou o último título da McLaren. Já sem Ron Dennis no comando, os pilotos Lewis Hamilton da McLaren e Felipe Massa da Ferrari, brigaram ponto a ponto por este título que acabou numa decisão polêmica no GP do Brasil. Felipe Massa ganhou a corrida com sobras, mas Lewis Hamilton fez uma ultrapassagem faltando três curvas para o fim sobre Timo Glock, que estava rastejando-se na pista molhada. Até hoje esta disputa chama a atenção, não pela corrida em si, mas por um escândalo na corrida de Cingapura um mês antes (mas isto eu vou falar outra hora).

O que é verdade é que Lewis Hamilton acabou tendo sua conquista apequenada e ofuscada por Felipe Massa e esses acontecimentos nas corridas de 2008 descritas acima. O que diminuiu muito o seu brilho e o fato do piloto inglês não ter conseguido mais ser campeão nem Felipe Massa teve outra chance de recuperar o título perdido. Até hoje tem muita gente que discute se Lewis Hamilton é campeão mesmo de fato.

Agora, chegamos a 2014. E para o ano que vem, a equipe vai de motor Honda. O mesmo motor que foi um momento áureo para a equipe e principalmente com Ayrton Senna. E também com a volta de Ron Dennis, a equipe promete também um piloto de ponta para disputar as vitórias e voltar a conquistar títulos, que não vem desde 2008 (pilotos) e 1998 (construtores). Agora nestes 30 anos de início de arrancadas de títulos, a equipe busca novamente o seu caminho. É aguardar e ver o que reserva mais futuramente.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pilotos mulheres – Como cada uma de signo diferente comporta...



Bom, gente... com o sucesso do post anterior sobre os signos dos pilotos e também o fato das mulheres estarem acompanhando e se firmando no automobilismo, resolvi fazer essa parte 2 de uma análise sobre elas. Vou tentar resumir um pouco mais pra não ficar tão chato. Então vai lá:

ÁRIES – São pilotos determinadas, que buscam sempre ser o centro das atenções. Usam o marketing pessoal para conseguirem chamar a atenção da mídia e têm fama de brigonas. Se sofrem um acidente, vão lá elas discutir com sua vítima, garantindo espetáculo até nas brigas. Pilotos: Danica Patrick, Cyndie Allemann, Andrina Gugger.

TOURO – São esforçadas, batalhadoras, mas muito lentas. Normalmente compram suas vagas e tem que sempre precisar de um outro piloto do sexo oposto para “ensiná-las” mais um pouco sobre os truques do automobilismo. Fazem muito sucesso em corridas de duplas ou trincas. Dor de cabeça para os adversários por serem excessivamente lentas em algumas ocasiões. Pilotos: Milka Duno, Fernanda Parra.

GÊMEOS – Gostam de comunicar-se, usam essa arma para conseguirem o que almejam, embora os resultados não condizem muito com as habilidades das geminianas. Costumam se envolver em muitos acidentes, boa parte deles, sem culpa nenhuma, mas rendem histórias para a semana inteira. Pilotos: Johanna Long, Sarah Kavenagh.

CÂNCER – Normalmente costumam começar em categorias menores apoiadas por um mecenas ou dirigente de equipe que resolve gargá-la aos poucos nas categorias principais. O problema é que muitas vezes elas misturam o sentimental com o profissional e isso afeta a carreira delas. Quando vê que está se metendo numa barca furada ou vai ser demitida, pulam fora e ficam sem emprego, e acabam procurando culpados. Pilotos: Katherine Legge, Mishael Abbott.

 
LEÃO – São pilotos muito vaidosas, adoram caprichar num visual, amam uma lente ou câmera fotográfica e fazem caretas. Na pista, tratam a oportunidade como a única da vida delas e sempre tudo ou nada. Quando disputa um campeonato inteiro, já estabilizadas na categoria, resolve acumular pontos para conseguir uma boa colocação. Pilotos: Pippa Mann, Shannon McIntosh.

VIRGEM – São determinadas e guerreiras, mas só conseguem resultados se tiverem bons equipamentos ao seu dispor. Do contrário, sempre vai estar relegada ao pelotão do fundão. São muito discretas e não chamam muito a atenção. Comemoração também segue de acordo com sua empolgação no momento. Pilotos: Simona de Silvestro, Michele Bumgarner.
LIBRA – Podem não ser necessariamente rápidas, mas são constantes. Cultivam a paciência e sempre buscam motivação, mesmo nos momentos difíceis. Quando viram donas de equipe, adotam o estilo de mãezonas para seus comandados. São muito queridas no automobilismo. Pilotos: Sarah Fisher, Catharina Felser.

ESCORPIÃO – Talvez um dos signos mais fortes quando se tratam de pilotos mulheres. Quando vêem uma chance, adotam N atitudes (sejam positivas ou negativas) para estar lá dentro e ser um destaque. Têm muita influência no campo do automobilismo, mas se as coisas não dão nada certo, acabam relegadas ao esquecimento, tendo que reestruturar sua carreira numa categoria secundária. Pilotos: Natacha Gachnang, Vicky Piriá.

SAGITÁRIO – Pilotas carismáticas e super simpáticas, como elas conseguem um lugar aonde querem??? Simples: elas se associam em forma de matrimônio com um chefe ou dirigente de equipe que usam de sua influência lá dentro a prepara para futuras aventuras no automobilismo. São assim que elas chegam lá. Pilotos: Susie Wolff.

CAPRICÓRNIO – Pilotos que normalmente planejam a carreira a longo prazo e analisam muito bem que caminho tomar. Normalmente compram as suas vagas no início de carreira quando não têm um empresário forte. Caso a carreira de pilota não vingue, elas acabam fincando raízes no automobilismo, seja como dirigente, ou dona de equipe, ou até mesmo comentarista de televisão nas corridas. Pilotos: Suzane Carvalho, Maria de Villota, Ianina Zanazzi.

AQUÁRIO – Prezam muito a liberdade. Só gostam de correr em categorias ou equipes que permitam elas a ditar as regras do modo delas. Não poupam equipamento quando estão na pista. Gostam de sair com os homens mais ricos e chefes de equipe. Também estão engajadas em causas humanitárias e utilizam o automobilismo para divulga-las. Pilotos: Maryeve Dufault, Leilani Munter, Vanina Ickx.

PEIXES – São pilotos mais cuca fresca e passionais. Sempre obedecem as determinações dos empresários que administram suas carreiras. Costumam usar o marketing para se promoverem a são acalentadas como esperanças de bons resultados num futuro próximo. Mas muitas vezes um outro piloto acaba guiando melhor do que ela no mesmo carro. O problema é a indecisão na hora de tomar um caminho. Uma hora diz uma coisa, outra hora diz outra. Mas estão sempre ali batalhando por um espaço. Pilotos: Ana Beatriz Figueiredo, Tatiana Calderón.

sábado, 22 de março de 2014

Dois exemplos, duas atitudes, dois destinos



Bom, gente. Hoje resolvi falar, depois de ter assistido ao filme RUSH e ter observado algumas coisas, veio uma coisa na minha mente... São épocas diferentes, mas situações parecidas no tempo, e que aqui eu descobri o que deu essas atitudes... mais precisamente com a Ferrari e a Lotus.

Primeiro caso, a Ferrari. Ano: 1974. A equipe de Maranello estava enfrentando uma crise técnica, onde naquele ano estava completando uma década de seca de títulos. Eis que houve uma reestruturação na equipe e eles chamam para um teste um piloto jovem e promissor chamado Niki Lauda, para ser o segundo piloto da equipe, que tinha entrado na BRM no ano anterior comprando a sua vaga e feito algumas boas atuações.

No primeiro teste com o novo carro da Ferrari naquele princípio de ano, ele andou, baixou o pé e no final, perguntaram o que ele achou do carro. Niki, categoricamente, reclamou e acabou dando a sua sentença: “O carro é um LIXO!!!!”. Pra que, né???? E isso ele teve a coragem de declarar na cara do Comendador Enzo Ferrari, o dono da equipe, que estava ali presente em Maranello acompanhando os testes...



A sorte de Lauda é que naquele tempo não existia a Internet, senão, essa declaração cairia como uma bomba entre os internautas tifosi que iriam ficar revoltadíssimos com isso. Afinal, não se xinga uma Ferrari na cultura deles. E ele o fez. A declaração dele foi passível de demissão. Mas, ao invés disto, a equipe conversou com ele, ele explicou e foi dando seu diagnóstico sobre o que poderia ser melhorado...

A temporada começou e logo, depois de muitos acertos, a Ferrari foi melhorando e progredindo... a recompensa no final: o título de 1975 com o próprio Niki Lauda e de lambuja o campeonato de Construtores, fazendo assim encerrar um jejum incômodo na época...

Segundo caso, a Lotus. Ano: 1988. A equipe de Norkolf também estava enfrentando uma crise técnica, completando uma década de seca de títulos. Depois de ter perdido Ayrton Senna para a rival McLaren, a equipe abre os cofres e contrata a peso de ouro o então tri-campeão e ganhador do título de 1987, o brasileiro Nelson Piquet, para ser o líder da equipe e consequentemente o primeiro piloto. A esperança é de que Piquet encerraria esse incômodo jejum...

No primeiro teste com o novo carro da Lotus naquele princípio de ano, ele andou, baixou o pé e no final, perguntaram a ele sobre a impressão que tinha... Conhecido por não ter papas na língua, surpreendentemente, ele não quis polemizar e classificou o Lotus: “O carro é BOM!!!!”. Pois bem... mesmo assim, ele sabia que iria ter muito trabalho, mas preferiu uma atitude de cautela com relação ao carro e resolveu apontar defeitos “aos poucos”, à medida que o campeonato fosse desenrolando...

A temporada de 1988 começou e a equipe não conseguiu ser rápida... com o tempo, os pontos foram minguando e a equipe foi ficando para trás... como consequência, a Lotus perdeu nos construtores para equipes como Benetton e Arrows e foi cada vez mais se afundando... os anos foram passando. Piquet pulou fora da equipe e a Lotus foi iniciando uma decadência que não teve mais fim...
Agora eu fico aqui pensando: coincidiu nesses casos o fato das equipes terem enfrentado secas de títulos e acomodação por causa de resultados fracos. No caso de Niki Lauda, um novato, usou da sua petulância e arrogância necessárias para fazer a equipe enxergar o que estava de errado na equipe. Não tinha moral nenhuma na época para opinar sobre a política da equipe, mas o fez. Enfrentou de cara o problema e os resultados vieram. A equipe cresceu desde então saindo dos blocos intermediários para ser novamente equipe de ponta. Claro, depois que ele saiu, caiu de novo a equipe numa nova crise técnica, mas se reergueu depois de muito trabalho. Hoje a equipe Ferrari é uma referência na Fórmula 1 e orgulho para seus fãs do mundo inteiro. A equipe venceu praticamente um quarto das corridas que disputou e hoje é a maior colecionadora de triunfos na categoria.



No caso de Nelson Piquet, ele já era um veterano. Poderia muito bem usar da sua experiência e petulância necessárias para trazer a equipe Lotus de volta às conquistas. Mas não o fez. Ao invés disto, preferiu adotar uma política de que “sou amiguinho de todo o mundo” e achar tudo lindo e maravilhoso. Tinha toda a moral do mundo na época para opinar sobre a política da equipe, mas não o fez... preferiu se contentar em dirigir para a equipe, pois ela estava lhe pagando um excelente salário e depois mostrar-se arrependido de ter fechado com a Lotus, metendo o pau em quem deixou a equipe nesse nível... Depois que ele saiu, a equipe decaiu, perdeu patrocinadores e foi caindo cada vez mais o nível técnicos dos pilotos que eram contratados e os carros que construíam. A Lotus fechou as portas no fim de 1994 e depois de 16 anos, voltou à Fórmula 1 meio que timidamente, para também aventurar-se em outras categorias. Afundou na Indy, no WEC e a Lotus na Fórmula 1 hoje puxa o pelotão do intermediário para trás, arrastando-se no grid...

Apesar de tudo isso, o povo brasileiro, ou melhor, o torcedor brasileiro mais especificamente, resolve guardar mais com carinho a Lotus do que a Ferrari... e eles fazem as comparações: foi na Lotus que o brasileiro aprendeu a amar automobilismo, pois foi lá que Emerson Fittipaldi ganhou pela primeira vez o título da Fórmula 1, foi lá que Ayrton Senna conseguiu suas primeiras vitórias na categoria e foi lá na Lotus que Nelson Piquet desfilou depois de um tri campeonato, embora não tenha ganhado corridas. E foi com a Lotus que Bruno Senna, o sobrinho, guiou também... a Ferrari não teve nenhum dos três campeões mundiais na equipe, e colocou na equipe, Rubens Barrichello e Felipe Massa, que só conseguiram vices campeonatos, Barrichello, por causa do fato de Michael Schumacher ser o primeiro piloto e o Felipe Massa que teve aquele momento de “quase” em 2008, perdendo o título faltando três curvas para acabar a corrida. Ou seja, na Lotus, pilotaram campeões do mundo. Na Ferrari, “capachos” de Michael Schumacher e Fernando Alonso, como os críticos chamam Barrichello e Massa.
Fora também que a Lotus sempre foi mais “simpática” que a Ferrari em muita coisa. Declaram os fãs: a Lotus nunca fez jogo de equipe, a Ferrari sempre fez... a FIA sempre beneficia a Ferrari, a Lotus não... a Lotus tinha a pintura John Player Special, a Ferrari não... Teve gente que chegou a declarar que os pilotos que a Lotus atual detinham eram muito melhores do que os da Ferrari... A Lotus teve Jim Clark, Graham Hill, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson, Élio de Ângelis, Ayrton Senna, Nelson Piquet e outros não tão bons assim como Satoru Nakajima, Alex Zanardi, Pastor Maldonado... a Ferrari, ficou com Niki Lauda, Clay Regazzoni, Gilles Villeneuve, Michele Alboreto, Jean Alesi, Gerhard Berger, Michael Schumacher, Eddie Irvine, Rubens Barrichello, Fernando Alonso, Felipe Massa,  entre outros...  e teve também pilotos que guiaram para ambas como Jacky Ickx, Mario Andretti, Carlos Reutemann, Nigel Mansell e Kimi Raikonnen...

Essa rivalidade Lotus x Ferrari envolve também Inglaterra e Itália, países que dominaram muito na categoria durante muitos anos. Alguns chegam a fazer uma análise curiosa, principalmente no Brasil... hoje, essa Lotus que está aí, por incrível que pareça, mesmo na situação que está, só por causa da cor preta saudosista, tem mais gente que deseja “o melhor para a equipe”, que ela “chegue logo ao caminho das vitórias”... já a Ferrari, eles querem que afunde o mais rápido possível... é como se a Lotus fosse o São Paulo, querido pela multidão porque conseguiu muitos títulos, e a Ferrari, o Corinthians, odiado pelos torcedores por causa da sua tradição e por métodos que os anti consideram questionáveis. Mas seja como for, essa é uma rivalidade sadia entre eles que até bom pois desperta as paixões diversas. Com isso, quem só ganha é o torcedor, que sempre espera que possa mudar as coisas. Agora é aguardar e ver o que desenrola daqui pra frente nos próximos capítulos...